Economia

BC avalia elevar juros em ritmo ainda maior para conter inflação

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Nesta terça-feira (03), o Banco Central (BC) divulgou a ata da reunião que elevou a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, de 6,25% para 7,75% ano. No comunicado, o Copom aposta em outra alta no mesmo patamar na reunião de dezembro, para elevar a Selic a 9,25% ao ano, e não descarta elevações mais expressivas para conter o avanço da inflação.

“O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, diz a ata.

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Aumentar a taxa de juros funciona como um instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

O documento cita ainda que os diretores da autoridade monetárias avaliaram a necessidade de elevar ainda mais a Selic diante dos “questionamentos relevantes em relação ao futuro do arcabouço fiscal atual”.

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“Isso implica atribuir maior probabilidade para cenários alternativos que considerem taxas neutras de juros mais elevadas”, destacam.

“Prevaleceu, no entanto, a visão de que trajetórias de aperto da política monetária com passos de 1,5 ponto percentual, considerando taxas terminais diferentes, são consistentes, neste momento, com a convergência da inflação para a meta em 2022, mesmo considerando a atual assimetria no balanço de riscos”, completa a ata.

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Em outro ponto em que cita a chance de o governo furar o teto de gastos para o pagamento do Auxílio Brasil, programa idealizado pelo governo federal para substituir o Bolsa Família, o Copom prevê que a possibilidade implica na chance de uma inflação em nível acima do projetado.

“O Comitê ponderou que a assimetria no balanço de riscos, resultante dos desenvolvimentos no cenário fiscal, implica elevação do risco altista para as projeções do seu cenário básico, e avalia que esse viés de alta é agora maior do que o anteriormente considerado”, afirma.

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