Economia

Mercado de carbono pode render US$ 100 bilhões ao Brasil, diz entidade empresarial

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O mercado de carbono pode trazer receitas de até US$ 100 bilhões ao Brasil, segundo um estudo do ICC Brasil, braço da International Chamber of Commerce no país. Mas para que isso aconteça, as empresas públicas e privadas precisam se unir e adequar suas tecnologias para entrar neste mercado, de acordo com Gabriella Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil.

O dado vem de um estudo recente feito pelo ICC Brasil, que fez uma projeção sobre o mercado de carbono no Brasil.

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Para Dorlhiac, para que o Brasil atinja este resultado que ela julga “muito positivo” é importante apostar em um mercado nacional, seguindo normas internacionais.

“O que precisa para que o mercado de carbono se torne realidade no Brasil? Duas coisas muito concretas: uma é que o Brasil estabeleça um mercado de carbono nacional, com governança clara, com metodologia aceita pelo mercado internacional. A segunda: uma educação do setor privado do que é o credito de carbono e como as empresas podem ser emissoras destes créditos, que modificações teriam que fazer para que elas façam parte deste novo grande mercado, que se espera ser criado na COP26, com a aprovação do artigo 6, que cria o mercado de carbono global”, disse ela em entrevista à CNN Brasil.

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De acordo com Dorlhiac, as empresas brasileiras demonstram comprometimento com uma agenda verde e para que elas consigam adotar o que pretendem precisam unir forças entre setores:

“As empresas brasileiras hoje fazem muito além do que a lei já pede. O que é interessante observamos é que para impulsionar ainda mais a redução de emissões, adoção de tecnologias e de fontes de energia limpa, você vai precisar de uma alinhamento muito maior do setor privado com políticas públicas que incentivem essas adaptações que o setor privado vai ter que fazer”.

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Para a executiva, a reforma tributária pode ajudar neste processo. “Um fato importante: a reforma tributária pode ser um incentivador muito grande para que as empresas passem a adotar tecnologias mais verdes. É um casamento que deve testar muito bem alinhado, com o governo disposto a escutar o setor privado e vice-versa. Um não vai conseguir alcançar os objetivos sem o outro”.

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