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Os programas sociais de transferência de renda trouxeram queda no percentual de pessoas na extrema pobreza em 2022. A informação consta no relatório “Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira 2021”, publicado pelo IBGE nesta sexta-feira (03).
De acordo com o relatório, o rendimento médio domiciliar per capita de 2020 foi de R$1.349 para o total da população brasileira. Apesar de regiões como Sudeste e Centro-Oeste apresentarem média acima do padrão brasileiro, a média do Norte e Nordeste não chegam a 1 salário mínimo, com R$896 e R$891, respectivamente.
Sem os programas sociais de transferência de renda, a média brasileira teria sofrido uma diferença de cerca de 6%, atingindo R$1.269.
Em 2020, cerca de 22 milhões de brasileiros (10,4% da população) viviam com até o valor de ¼ de salário mínimo per capita mensal, cerca de R$261. Quase 30% da população vivia com rendimentos mensais de cerca de R$522, valor que representava metade do salário mínimo. Na outra ponta, 7,2 milhões (3,4%) de pessoas no Brasil tiveram, em 2020, rendimentos mensais equivalentes a 5 salários mínimos, cerca de R$5.225.
A partir do relatório da PNAD Contínua 2020, a extrema pobreza no Brasil diminuiu à medida que a política de transferência de renda mudou com a entrada do Auxílio Emergencial.
Os Estados que lideram os índices de extrema pobreza são Amazonas, Maranhão, Alagoas e Pernambuco, com percentual de 11,3% a 14,4%. Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste -com exceção do Rio de Janeiro e Espírito Santo- apresentaram de 1,9% a 5% da população em situação de extrema pobreza.
Apesar da diferença entre as regiões, “a proporção de pessoas em extrema pobreza caiu nas Regiões Norte e Nordeste, aumentou na Região Sul e se manteve estável nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste“, aponta o relatório.
Segundo o Banco Mundial, “a linha de extrema pobreza está fixada atualmente em US$ 1,90 por dia em termos de Poder de Paridade de Compra – PPC (ou, em inglês, PPP, purchasing power parity), a preços internacionais de 2011 e ancorada nas estimativas de pobreza dos países mais pobres do mundo”. Para se configurar pobreza, US$ 5,50 por dia.
Em recortes de raça e sexo, mulheres pretas e pardas foram a maioria nas estatísticas de pobreza (31,9%) e extrema pobreza (7,5%).
Seguindo a ordem, homens pretos ou pardos ficam em 2o lugar sendo 30% na pobreza e 7,2% na extrema pobreza.