Economia

Banco Central divulga carta explicando a alta da inflação

Foto: Divulgação

Na tarde desta terça-feira (11), o Banco Central publicou uma carta aberta ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN). A medida ocorre após a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano passado com alta de 10,06%, bastante acima da meta de 3,75% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 2,25% e 5,25%. 

Eis o trecho da carta do Banco Central:

 

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 Causas de a inflação ter ficado acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2021

Os principais fatores que levaram a inflação em 2021 a ultrapassar o limite superior
de tolerância foram os seguintes: i. forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local, em especial os preços de commodities; ii. bandeira de energia elétrica de escassez hídrica; e iii. desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos, e gargalos nas cadeias produtivas globais. As pressões sobre os preços de commodities e nas cadeias produtivas globais refletem as mudanças no padrão de consumo causadas pela pandemia, com parcela proporcionalmente maior da demanda direcionada para bens e impulsionada por políticas expansionistas. Esses desenvolvimentos, que ocorreram em nível global, geraram excesso de demanda em relação à oferta de curto prazo de diversos bens, causando um desequilíbrio que, em diversos países e setores, foi exacerbado por falta
de mão-de-obra, problemas logísticos e gargalos de produção. De fato, a aceleração significativa da inflação em 2021 para níveis superiores às metas foi um fenômeno global, atingindo a maioria dos países avançados e emergentes.

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Os fatores citados acima se traduziram em grandes variações de preços em diferentes
componentes (Tabela 1 e Gráfico 1). A inflação de preços administrados atingiu 16,90%
(contribuição de 4,34 p.p. para a variação do IPCA), menor apenas que a variação nos anos de 1999 e 2015, refletindo principalmente os aumentos dos preços de combustíveis e de energia elétrica. Os preços de gasolina, gás de bujão e energia elétrica residencial subiram 47,49%, 36,99% e 21,21% (contribuições de 2,33 p.p., 0,41 p.p. e 0,98 p.p.),respectivamente. O preço do etanol subiu 62,24%, acima dos demais combustíveis, refletindo também a quebra na safra de cana-de-açúcar. Os preços de bens industriais e de alimentação no domicílio subiram 12,00% e 8,23% (contribuições de 2,75 p.p. e 1,25 p.p.), respectivamente, bastante afetados pelos preços de commodities e gargalos nas
cadeias produtivas globais. Os preços de serviços aumentaram 4,75% (contribuição de 1,72 p.p.)

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Veja a carta na íntegra aqui

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