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Os remédios terão um reajuste de mais de 10% a partir de 1º de abril, conforme previsto por instituições financeiras. Mais de 10 mil medicamentos são regulamentados e reajustados uma vez por ano.
Quem determina os valores é o CMED (Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que é o órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos, e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exerce o papel de secretária-executiva.
O CMED disponibiliza uma lista com o preço máximo de cada medicamento. Para consultá-la, clique aqui.
O percentual de aumento é definido conforme a Lei 10.742/2003 e calculado por meio de uma fórmula que leva em conta a variação da inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -, ganhos de produtividade das fabricantes de medicamentos, variação dos custos dos insumos e características de mercado.
As previsões ainda podem ser ajustadas, já que o mercado financeiro espera a definição sobre os valores de preços relativos entre setores (Y). A produtividade do setor farmacêutico (X) e os preços intrassetor (Z) foram zerados neste ano.
“Se o fator Y vier zerado, nossa projeção para um reajuste fica em 10,5% a partir de abril. Sendo assim, a inflação de fevereiro – consolidada em 10,54% – deverá ser integralmente refletida no reajuste autorizado pelo CMED em abril, visto que todos os outros fatores ficaram zerados”, explicou o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez ao jornal O Estado de S. Paulo.