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O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou na tarde desta quarta-feira (16) a sua 1ª alta de juros desde 2018, na dose de 0,25 ponto, para entre 0,25% e 0,50% ao ano.
Até o fim do ano, apontou o colegiado, deve ser alcançado o nível entre 1,75% e 2% ao ano.
O ajuste acontece dois anos depois de, em março de 2020, terem sido zeradas suas taxas de referência, como forma de reduzir os danos da pandemia da covid-19 nos mercados. Por um lado, deu certo, e o pleno emprego nos EUA foi retomado.
No entanto, à custa de uma inflação em 12 meses na casa dos 8% ao ano. O maior nível por lá desde 1982. Há quatro décadas.
Foi encerrado o chamado “tapering”, processo de redução de estímulos iniciado em novembro. E, a partir de agora, os olhares do mercado se voltam para o momento em que a liquidez presente no mercado mundial começará a ser enxugada.
O programa de recompra de transformará em revenda de títulos, nas palavras do Fed, “em uma reunião futura”. A preço de banana, minando adicionalmente à alta de juros a atratividade das bolsas.
Até antes da guerra, apostas eram praticamente unânimes numa alta mais acelerada de juros. Não de 0,25 ponto, como a realizada, mas de 0,50.
No entanto, dadas as incertezas, o próprio presidente do Fed, Jerome Powell, já havia cantado a pedra nos últimos dias. Confirmada, nesta tarde, com um ajuste mais módico, apesar do choque inflacionário gerado pelo conflito.
Em relação ao último ponto, vale observar o ritmo da economia americana nos próximos meses.
Caso não haja desdobramento recessivos na atividade dos EUA, está na mesa dar um puxão mais forte nos juros nas próximos reuniões. O próprio Powell não esconde essa chance, caso a inflação acelere ou demonstre maior persistência, simultaneamente à manutenção da saúde do mercado de trabalho americano.