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Pessoas beneficiadas pelos pequenos negócios no Brasil superam a população de países como França, Reino Unido, África do Sul e Argentina. A informação consta em um levantamento feito pelo Sebrae.
De acordo com as estimativas do órgão, são 86,5 milhões de indivíduos atingidos direta ou indiretamente, o equivalente a 40,4% da população brasileira.
A importância dos negócios foi analisada a partir do total de todas as pequenas empresas com registro ativo na Receita Federal brasileira em 9 de dezembro de 2021.
A pesquisa levou em conta o número de donos desses negócios, seus empregados e familiares.
Divulgado pelo Sebrae, as pequenas e microempresas são as que mais crescem e criam vagas de emprego no país. Em março deste ano, 88,9% de todas as vagas de trabalho no Brasil foram criadas por esses negócios, ou seja, 9 a cada 10 postos de trabalho.
Foram mais de 1 milhão de admissões e 955.088 desligamentos, gerando um saldo positivo de 121 mil empregos no segmento de pequenos negócios.
Ainda segundo o levantamento, o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios foi o responsável pelo maior número de microempreendedores individuais abertos, com o registro de 203.804 MEIs.
Depois aparecem promoção em vendas e cabeleireiros (175.442), manicure e pedicure (134.391).
Já em relação às microempresas abertas em 2021, serviços combinados de escritório e apoio administrativo foram os que mais tiveram negócios abertos (27.771). Em seguida aparecem comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (19.813) e atividade médica ambulatorial restrita a consulta médica (16.934).
Fechando o ranking, dentre as atividades com o maior número de empresas de pequeno porte abertas no ano passado, serviços combinados de escritório e apoio administrativo (4.057) aparecem em primeiro lugar.
Logo em seguida vêm construção de edifícios (3.261) e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (3.235).
O Sebrae também levantou que, em 2021, 29,5% (R$ 1.1 trilhão) do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é proveniente dos pequenos negócios no país. Eles são responsáveis por 54% de todos os empregos com carteira assinada.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o papel na geração de emprego pelos pequenos negócios confirma que o empreendedorismo tem sido visto como uma maneira alternativa de renda, tanto para brasileiros que perderam os empregos quanto para quem, apesar das situações adversas, resolveu tirar do papel o sonho de empreender.
“O Sebrae tem trabalhado cada vez mais para dar visibilidade e apoiar milhões de brasileiros que estão buscando criar seus próprios negócios, pois sabemos que a saída para a retomada da economia e da geração de empregos passa — necessariamente — pelas micro e pequenas empresas e pelos microempreendedores individuais”, comentou.