Economia

Banco Central indica ser necessário manter taxa de juros alta por período prolongado, aponta ata do Copom

Foto: Divulgação

O Banco Central (BC) indicou que há necessidade de manter a taxa básica de juros em nível elevado por período prolongado para levar a inflação a patamar próximo à meta fiscal em 2023, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

Publicada nesta terça-feira (21), ela reforça que pretende fazer novo ajuste igual ou menor que 0,5 ponto percentual na Selic em agosto.

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“O Comitê avalia, com base nas projeções utilizadas e seu balanço de riscos, que a estratégia requerida para trazer a inflação projetada em 4,0% para o redor da meta no horizonte relevante conjuga, de um lado, taxa de juros terminal acima da utilizada no cenário de referência e, de outro, manutenção da taxa de juros em território significativamente contracionista por um período mais prolongado que o utilizado no cenário de referência”, disse a autarquia no documento.

A reunião de junho marcou uma mudança de tom do BC, que passou a dizer que sua decisão é compatível com a convergência da inflação “para o redor da meta” ao longo do horizonte relevante, e não mais “para as metas”, como dizia em maio.

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Conforme explicitado na ata, mesmo a estratégia de convergência para o redor da meta exige uma taxa de juros mais contracionista do que o utilizado no cenário de referência do BC por todo o horizonte relevante, que agora foca em 2023.

Na semana passada, BC subiu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e disse que antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude, na reunião de agosto.

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Na avaliação do Copom, de acordo com a ata, eventual decisão de apenas manter a Selic em 12,75% ao ano na reunião de junho, travando essa taxa por período “suficientemente longo”, não asseguraria a convergência da inflação para o redor da meta no horizonte relevante.

No comunicado da última semana, a autoridade monetária afirmou que as medidas de cortes de tributos para baratear combustíveis, energia e telecomunicações, em tramitação no Congresso, reduzem sensivelmente a inflação neste ano, mas elevam, em menor magnitude, a inflação no horizonte relevante da política monetária.

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A afirmação foi reforçada na ata, destacando que as atuais projeções do BC não levam em conta possíveis efeitos dessas medidas, mas sem trazer maior aprofundamento no tema.

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