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Os preços do petróleo Brent podem subir para “estratosféricos” US$ 380 o barril no “cenário mais extremo” em que a Rússia reduz a produção de petróleo em 5 milhões de barris por dia (bpd) em retaliação a um teto de preço considerado pelos países do Grupo dos Sete (G7).
A previsão foi divulgada por analistas do J.P. Morgan em uma nota do dia 1º de julho.
Na semana passada, as potências econômicas do G7 concordaram em explorar a proibição ao petróleo russo que for vendido acima de um determinado preço, com o objetivo de limitar a capacidade de Moscou de financiar sua invasão da Ucrânia, a qual Moscou descreve como uma “operação especial”.
“Um teto de preço de US$ 50 ou US$ 60 por barril provavelmente serviria aos objetivos do G7 de reduzir as receitas do petróleo para a Rússia, garantindo que os barris continuem a fluir”, disse o banco J.P. Morgan.
“O risco mais óbvio e provável” é a Rússia não cooperar e retaliar com uma redução das exportações de petróleo, disse, acrescentando que Moscou pode cortar a produção em até 5 milhões de bpd “sem prejudicar excessivamente seu interesse econômico”.
“Dado o alto nível de estresse no mercado de petróleo, um corte de 3,0 milhões de bpd poderia fazer com que o preço global do Brent saltasse para 190 dólares por barril, enquanto no pior cenário, um corte de 5 milhões de bpd poderia levar o preço do petróleo a estratosféricos 380 dólares o barril”, disse o J.P. Morgan.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse na semana passada que as tentativas de limitar o preço do petróleo russo podem levar a um desequilíbrio no mercado e elevar os preços.
O JP Morgan também estipulou cenários alternativos nos quais a China e a Índia não cooperam com o G7 no teto de preços, ou a Rússia redireciona totalmente as exportações do oeste para o leste, mas perde poder de precificação.