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O salário médio recebido pelos trabalhadores brasileiros subiu 3,1% no trimestre encerrado em agosto e alcançou R$ 2.713. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (30).
Segundo os dados da Pnad Contínua, se trata do 2º crescimento mensal consecutivo do rendimento real habitual no Brasil.
Apesar da sequência positiva, o número corresponde a uma estabilidade na comparação anual, de acordo com o IBGE.
Coordenadora do estudo do IBGE, Adriana Beringuy avalia que o crescimento das remunerações está associado, principalmente, à retração da inflação nos últimos meses.
De acordo com ela, a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram para os rendimentos maiores.
Segundo o IBGE, com a evolução das remunerações, a massa de rendimento real habitual atingiu R$ 263,5 bilhões.
O valor corresponde a um crescimento de 4,7% frente ao do trimestre anterior e 7,7% na comparação anual.
Entre os empregados com carteira de trabalho assinada, o salário médio teve crescimento de 2% (+R$ 51), enquanto o de empregadores subiu 11,5% (+R$ 689).
Já na avaliação setorial do IBGE, o destaque ficou por conta do ramo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com alta de 7,2% (+R$ 123).
Na indústria, a remuneração média subiu 4,4% (+R$ 111); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 3,5% (+R$ 77); e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com alta de 5,5% (+R$ 205), também registraram crescimento no rendimento médio real habitual na comparação com o do trimestre anterior.