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A dívida bruta do setor público brasileiro registrou uma nova queda em 2022 e terminou o ano passado em R$ 7,22 trilhões, o equivalente a 73,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida atingiu o menor patamar desde julho de 2017 – quanto atingiu 73,2% do PIB.
Os números foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (30). A série histórica do BC para o indicador tem início em dezembro de 2006.
O indicador é acompanhado pelas agências de classificação de risco e por investidores, pois indica a capacidade de pagamento das nações.
Uma dívida pública muito alta tende a gerar dificuldades na atração de investimentos e na realização de despesas sociais.
A queda da dívida bruta do setor público aconteceu apesar do aumento nas despesas com juros, que somaram R$ 586,4 bilhões em 2022.
Esse é o maior patamar da série histórica do BC, que tem início em 2002. Os valores não foram corrigidos pelo IPCA.
Segundo o BC, a alta no pagamento dos juros, em 2022, decorre:
- Da alta da taxa Selic pelo BC. Em 13,75% ao ano, o juro básico está no maior patamar em 6 anos;
- Do aumento da inflação, pois cerca de um terço da dívida é atrelada aos índices de preços.
Por outro lado, o que contribuiu para uma queda na dívida/PIB no ano passado, com impacto maior do que os fatores negativos, foram:
- Crescimento do PIB nominal;
- Resgates líquidos de dívida (de R$ 218,2 bilhões em títulos).