Economia

Campos Neto rebate Pacheco: ‘Queda de juros segue tempo técnico, não político”

(Foto: Felipe Ferugon / LIDE)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o timing técnico da autarquia no debate sobre a queda dos juros é diferente do político. Ele também fez uma defesa da manutenção da autonomia do BC. Declaração ocorreu durante palestra durante o evento Lide Brazil Conference, que ocorre em Londres, nesta sexta-feira (21).

 “O Banco Central é um órgão técnico, que toma decisões baseadas em critérios técnicos e transparentes. O timing técnico é diferente do timing político, por isso que a autonomia [do Banco Central] é importante para dar à sociedade a garantia que temos funcionários técnicos, tomando decisões técnicas sem viés político“.

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A fala de Campos Neto acontece um dia após Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG, fazer um apelo público a Campos Neto em favor da redução “imediata” dos juros. “A inflação, meu caro Roberto Campos Netto, contida. Nossa moeda estável. Agora, nós precisamos crescer o Brasil. E nós não conseguiremos crescer o Brasil com a taxa de juros a 13%”, disse Pacheco, também durante apresentação no evento do Lide.

“O Brasil tem uma meta de inflação compatível com vários outros países emergentes. A inflação desancorada faz com que o custo da inflação seja muito mais alto e muito mais duradouro. Países que abandonaram o sistema de meta tiveram inflação muito mais alta”, disse Campos Neto.

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“A inflação de mercado vinha caindo, mas, nos últimos dias ela deu uma volta por causa do texto do arcabouço”, disse.

Campos Neto é alvo de ataques do presidente Lula (PT) desde o início do mandato. Lula busca uma redução forçada do patamar de juros do país, atualmente a 13,75%, enquanto o presidente do BC defende a manutenção da taxa a fim de evitar um aumento ainda maior da inflação.

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