Nesta quinta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, em debate sobre juros no Senado, que o governo Lula não quer maquiar as contas públicas. Segundo ele, o Brasil precisa “voltar a ter transparência” nesse sentido. Haddad ainda disse que não é possível fazer ajuste fiscal em cima do trabalhador brasileiro.
“Nós não queremos maquiar as contas públicas. Não vamos fazer superavit dando calote em precatório. Não vamos diminuir inflação tomando dinheiro dos governadores. Tomando R$ 40 bilhões dos governadores. Eu me comprometi até março –e cumpri– repor o dinheiro que foi tomado”, disse o ministro da Fazenda.
“Sou muito mais otimista com a economia brasileira do que muitas das falas aqui. Não sou otimista inveterado. Não se trata de ser otimista ingênuo, mas estamos diante de oportunidade de fazer o País crescer se alguns parafusos forem apertados”, disse Haddad no Senado, que também contou com participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. “Se monetária e fiscal se harmonizarem, não há razão para preocupação. Não vejo nenhuma razão que nos impeça de crescer a partir do ano que vem a taxas muito superiores”, acrescentou.