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Em 2022, a desigualdade de renda entre os mais pobres e os mais ricos teve a menor média em 11 anos. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11).
O chamado Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita caiu de 0,544 para 0,518, o menor da série histórica. Quanto maior o Gini, maior a desigualdade.
De acordo com o IBGE, o rendimento da população mais pobre subiu 18% no ano passado na comparação com 2021 e somou R$ 537 por mês, em média.
Segundo o órgão, isso aconteceu por conta, principalmente, do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e da retomada das contratações pelo mercado de trabalho.
A concessão do Auxílio Brasil também aumentou entre 2019 e 2022, de 14,3% para 16,9%, com a migração dos beneficiários do Auxílio Emergencial a partir de 2020 para o Auxílio Brasil em 2022.
Já o ganho médio dos brasileiros 1% mais ricos do país teve um leve recuo de 0,3% no ano passado na comparação com 2021, e somou R$ 17.447.
Assim, a diferença de ganhos entre os mais pobres e os mais ricos diminuiu para 32,5 vezes, 6 vezes menos no período.
A desigualdade medida pelo Gini diminuiu, segundo o IBGE, em todas as regiões, sobretudo no Nordeste (de 0,556 para 0,517) e Sudeste (0,533 para 0,505).
No Sudeste e no Centro-Oeste (0,493), os respectivos índices de Gini chegaram aos menores valores da série histórica.