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Na próxima quinta-feira (29), o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne sob a expectativa de uma possível mudança no sistema de metas de inflação. A meta para 2024 e 2025 é hoje de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Está na mesa do CMN a discussão sobre substituir o atual regime de meta de inflação de ano-calendário por um modelo com um horizonte de aferição maior ou de perseguição contínua.
O modelo de horizonte é defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
“Eu penso que a meta contínua é muito melhor que a meta-calendário. Você não tem o calendário gregoriano, mas você tem a trajetória que vai fazer [a inflação] chegar a 3% em uma situação que você não vai desorganizar a economia nacional”, disse Haddad no início de maio em entrevista à rádio CBN.
No início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou várias vezes o atual sistema de metas de inflação, chegando a defender a elevação dos níveis estabelecidos para este e para os próximos anos.
Uma mudança nas metas estabelecidas para os próximos anos, no entanto, seria um retrocesso para a economia do país, na avaliação de analistas do mercado financeiro.
As expectativas do mercado financeiro para a inflação em 2023 vêm caindo desde o início do ano.