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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta terça-feira (18), que os efeitos da reforma tributária, que foi aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados e deve ser analisada pelo Senado a partir de agosto, podem ser semelhantes aos do Plano Real, lançado em 1994, que estabilizou a economia do país e derrotou a inflação. Segundo o ministro, os investidores dirão: ‘Bom, o país tomou jeito’.
“O Brasil deve e pode crescer mais. E a reforma tributária é essencial para isso. É um marco histórico, que já foi comparado por economistas, sem exagero, com o Plano Real do governo chamado Lula 3. E, de fato, o impacto da reforma será da mesma proporção em termos de eficiência econômica”, disse o ministro ao veículo.
“Os investidores não vão esperar cinco anos pelos efeitos dela. Eles vão olhar e dizer: ‘Bom, o país tomou jeito. Entendeu e resolveu o problema’”, disse Haddad.
“Isso vai ser endereçado com mais calma porque não dá para tomarmos uma medida sem considerarmos os impactos no imposto de renda da pessoa jurídica”, disse
“Não dá para fazer de forma atabalhoada. Primeiro porque pode não sair. E segundo porque pode não produzir os resultados que nós desejamos. Nós não vamos ter pressa em relação a isso”, prosseguiu
Ao ser questionado se não terá que aumentar impostos, o ministro disse afirmou que o governo está “corrigindo distorções absurdas do sistema tributário” para cumprir a meta.
“Lobbies poderosos sofreram derrotas importantes. Estamos promovendo a despatrimonialização e a republicanização do Estado brasileiro”, disse Haddad.