Economia

Produção industrial brasileira cresce 0,1% em outubro, mas ainda está longe do patamar pré-pandemia

Foto: Jose Fernando/Ogura-AEN

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Na transição de setembro para outubro, a produção industrial do país registrou uma variação de 0,1%, mantendo a tendência de baixo dinamismo observada nos últimos meses. Essa tendência é ainda mais evidente quando consideramos os acumulados no ano e nos últimos 12 meses, ambos apresentando uma variação nula (0,0%). As informações são provenientes da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (1) pelo IBGE.

Houve uma disseminação de taxas negativas entre as grandes categorias econômicas, com 3 dos 4 grandes segmentos apresentando queda na produção.

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“Entre as atividades industriais, produtos alimentícios, com um avanço de 1,6%, exercem o principal impacto positivo e acumulam um saldo de 3,0% desde julho último. extrativas exercem as principais influências negativas na mídia do setor industrial, com os dois setores que voltam a recuar, após avançarem no mês anterior”, analisa o gerente da pesquisa, André Macedo.

Apesar do saldo rápido positivo nos últimos três meses, o setor industrial ainda se encontra 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do ponto mais elevado da série histórica, alcançado em maio de 2011.

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Dentre as 25 atividades investigadas na pesquisa, 14 apresentaram crescimento na produção. Além de produtos alimentícios, que avançaram 1,6% e foram a principal influência positiva, outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de farmoquímicos e farmacêuticos (3,7%), máquinas e equipamentos (2,4%), produtos de metal (2,3%), veículos automotivos, reboques e carrocerias (0,9%), bebidas (1,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,3%) e produtos de borracha e material plástico (1,3%).

Por outro lado, entre as onze atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%) e indústrias extrativas (-1,1%) exerceram os principais impactos em outubro de 2023. Destaca-se também os descobertas nos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%) e de impressão e reprodução de gravação (-5,8%).

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Nas grandes categorias econômicas, os bens intermediários (0,9%) foram a única taxa positiva em outubro, após avanço também no mês anterior (0,6%). Já o setor produtor de bens de consumo moderado (-2,4%) teve uma queda mais intensa nesse mês e marcou o segundo mês seguido de recuo na produção.

Os segmentos de bens de capital (-1,1%) e de bens de consumo semi e não resistentes (-0,3%) também apresentaram resultados negativos em outubro de 2023, com ambos apontando a segunda taxa negativa consecutiva e acumulando nesse período perdas de 3,2% e 2,1%, respectivamente.

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Em comparação com outubro de 2022, o setor industrial apresentou um avanço de 1,2%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 12 dos 25 ramos, 36 dos 80 grupos e 46,5% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,8%) e produtos alimentícios (4,3%).

“Esse resultado marcou o terceiro mês seguido de crescimento na produção, após recuar 1,2% em julho último, quando interrompeu dois meses consecutivos de resultados positivos nesse tipo de comparação. Contudo, no índice desse mês, permanece a característica de perfil disseminado de taxas negativas, alcançando 13 dos 25 ramos industriais pesquisados. Dessa forma, observa-se pelo 14º mês seguido um número maior de atividades no campo negativo para esse tipo de comparação”, destaca André.

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Entre as 13 atividades no campo negativo, veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,6%) e máquinas e equipamentos (-6,5%) exerceram as maiores influências.

Outros impactos negativos importantes vieram de metalurgia (-3,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,6%), produtos de minerais não metálicos (-5,3%), produtos diversos (-7,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,1%), produtos de metal (-2,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,8%).

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