Economia

Jovens nem-nem podem causar perda significativa no crescimento econômico do Brasil em 30 anos

Foto? Tânia Rêgo/Agência Brasi

Um estudo do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) estima que a parcela de jovens de 25 a 29 anos que não estudam nem trabalham, conhecida como nem-nem, pode custar ao Brasil até 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em 30 anos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o Brasil contava com cerca de 10,9 milhões de jovens “nem-nem” na faixa etária de 15 a 29 anos. A persistência desse cenário, classificado como crônico, gera problemas sociais, de saúde mental e impacta negativamente na economia, de acordo com especialistas.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

A pesquisa destaca que 36,45% dos jovens fora das escolas e do emprego pertenciam à faixa etária de 25 a 29 anos, conforme a Síntese de Indicadores Sociais 2023 do IBGE. Paulo Tafner ressalta que essa população numerosa e jovem deixará de contribuir significativamente para a produção ao longo de suas vidas, devido à baixa escolaridade e à difícil inserção no mercado de trabalho.

A projeção de Tafner leva em consideração a renda gerada por esse grupo e sua correlação com o PIB. O estudo analisa mudanças demográficas globais ao longo de 30 anos, durante os quais essa população atingirá seu auge de capacidade de trabalho e contribuição econômica.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Embora a faixa etária dos “nem-nem” pelo IBGE seja mais ampla, o estudo prioriza o grupo de 25 a 29 anos, pois são majoritariamente responsáveis financeiramente pelos domicílios em que vivem. Tafner alerta que, em vez de um potencial crescimento de 40% no PIB nas próximas três décadas, o Brasil pode alcançar apenas 30%, considerando o impacto negativo dessa faixa etária.

O estudo “Principais Desafios para a Juventude no Brasil e Impactos sobre a Renda e a Produtividade”, realizado por Tafner em outubro de 2023, destaca as dificuldades e potencialidades dos jovens de 15 a 29 anos na sociedade brasileira, além de explorar como eles podem contribuir para o crescimento do país.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Comparando o Brasil com o Chile em termos educacionais, o índice de ensino superior completo no Brasil é inferior a 23%, enquanto o Chile atinge 40,5%, refletindo em um PIB per capita 1,5 vez maior no país vizinho. O estudo da PwC, com dados da OCDE, coloca o Chile em 32º lugar entre os países-membros com maior taxa de empregabilidade de jovens.

No contexto internacional, o Reino Unido também foi analisado pela PwC, que revela que a redução da taxa de jovens “nem-nem” de 14% para o nível alemão de 8,4% poderia aumentar o PIB em 38 bilhões de libras.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile