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A taxa de desemprego no Brasil continua em ascensão, marcando seu segundo mês consecutivo de aumento e atingindo 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
De acordo com a pesquisa, 8,5 milhões de brasileiros estão sem ocupação, representando um acréscimo de 332 mil pessoas em busca de trabalho em comparação com o trimestre anterior. Apesar do crescimento, esse número ainda está 7,5% abaixo do registrado no mesmo período de 2023, quando alcançou 9,2 milhões de desempregados.
A massa de empregados com carteira assinada no setor privado permaneceu estável, atingindo 38 milhões, incluindo trabalhadores domésticos, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE. Ela destacou que as demissões ocorreram principalmente entre os trabalhadores informais, mantendo estável o contingente de empregados formais.
O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável em 13,29 milhões no trimestre, registrando um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Salário médio e massa de rendimento:
Os brasileiros empregados tiveram um aumento no salário médio, atingindo R$ 3.110, representando um aumento de 1,1% no trimestre e de 4,3% na comparação anual. Este é o valor mais alto desde o trimestre encerrado em novembro de 2020.
A analista acredita que atividades relacionadas ao setor de alojamento e alimentação impulsionaram a renda nos últimos meses, mesmo para os trabalhadores informais, contribuindo para esse aumento.
A massa de rendimento mensal real totalizou R$ 307,2 bilhões em fevereiro de 2024, um novo recorde histórico desde o início da série em 2012, representando um aumento de 6,7% em relação ao ano anterior.
Desalentados e subutilização:
O número de desalentados registrou um aumento de 8,7% em relação ao trimestre anterior, totalizando 3,7 milhões de pessoas. Esse aumento representa 293 mil pessoas nessa condição, sendo a primeira alta desde abril de 2021.
A população desalentada é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.
A taxa de subutilização, que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial, ficou em 17,8%. A população subutilizada atingiu 20,6 milhões de pessoas, um aumento de 3,4% no trimestre, mas uma redução de 4,5% em relação ao ano anterior.