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Em assembleia geral realizada na tarde desta quinta-feira (25), os acionistas da Petrobras decidiram pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal, totalizando cerca de R$ 21,95 bilhões, de um montante de R$ 43,5 bilhões.
A decisão implica que o Tesouro deverá receber pelo menos R$ 6 bilhões, fortalecendo o caixa da União.
Os dividendos correspondem a uma parcela do lucro da Petrobras dividida entre os acionistas, sendo os extraordinários aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Portanto, a estatal não está obrigada a efetuá-los.
A polêmica em torno da não distribuição desses dividendos extras foi evidenciada em março, quando as ações da Petrobras sofreram uma queda de 10% na bolsa de valores brasileira em um único dia.
Inicialmente, os conselheiros indicados pelo Governo Lula na Petrobras eram contrários à distribuição dos dividendos, tendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetado a liberação dos valores, seguindo a posição dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Após uma disputa sobre o assunto, o ministro da Fazenda Fernando Haddad convenceu Lula da importância da medida, uma vez que o governo federal detém 37% do valor.
Em uma reunião realizada na última sexta (19), o Conselho de Administração da Petrobras já havia dado o aval e permitido que a proposta da diretoria, de pagar metade dos dividendos extraordinários, fosse encaminhada à assembleia de acionistas.
Na ocasião, o conselho considerou que fatores como o aumento no preço do petróleo elevaram a capacidade de financiamento dos projetos da estatal.