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O secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, foi reeleito presidente do conselho de administração da Petrobras nesta quinta-feira (25).
Mendes é reconhecido como um dos principais colaboradores do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no Conselho de Administração da Petrobras. Recentemente, têm surgido tensões entre Silveira e o CEO da empresa, Jean Paul Prates.
Anteriormente, Mendes foi temporariamente afastado do cargo por decisão da Justiça Federal de São Paulo em resposta a uma ação popular movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP), que questionava a legalidade de sua nomeação. No entanto, Mendes retornou ao cargo alguns dias depois devido a uma decisão do Tribunal Regional Federal da Terceira Região.
Na mesma assembleia, Rafael Dubeux, atual secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, indicado pelo ministro Fernando Haddad, foi aprovado como novo membro do conselho. Essa inclusão pode potencialmente equilibrar as dinâmicas dentro do colegiado.
Além disso, houve uma mudança adicional no conselho, com a entrada de Jeronimo Antunes como novo conselheiro indicado pelos acionistas preferencialistas, substituindo Marcelo Mesquita, que não pôde concorrer à reeleição.
A decisão de reter inicialmente 100% dos dividendos extraordinários em março, contrariando a proposta da diretoria executiva liderada por Prates, foi um ponto de tensão entre o CEO da Petrobras e o ministro Silveira. No entanto, posteriormente, o conselho concordou em distribuir 50% desses dividendos, seguindo a recomendação da diretoria.
A composição do conselho de administração da Petrobras permaneceu com seis membros indicados pelo governo federal, quatro pelos acionistas minoritários e um pelos funcionários da empresa.
Durante a assembleia, José João Abdalla Filho, reeleito como conselheiro da empresa pelos acionistas minoritários e principal acionista individual da companhia, elogiou a gestão de Prates e expressou sua gratidão pela condução da empresa durante o ano.
Os acionistas também aprovaram uma remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2023 no valor de R$ 94,3 bilhões, incluindo R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários.