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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou, em pronunciamento na quinta-feira (9), a necessidade de adaptação às mudanças nos combustíveis para a navegação e a aviação. Essas mudanças são determinadas pela ONU, que tem implementado medidas para reduzir as emissões de carbono, visando mitigar os impactos do aquecimento global.
Mercadante destacou a importância de o país se preparar para essas mudanças, afirmando que o BNDES está dedicado a essa questão. Durante a apresentação do balanço financeiro do BNDES referente ao primeiro trimestre de 2024, ele explicou que a ONU estabeleceu datas e volumes de combustível renovável que devem ser adotados a partir de 2027 para a aviação, sendo o SAF (combustível sustentável da aviação) uma das alternativas que estão sendo financiadas pelo banco.
No entanto, Mercadante enfatizou que a maior preocupação recai sobre a navegação marítima, responsável por cerca de 90% do transporte global de mercadorias. Ele alertou que navios que não adotarem combustíveis com baixa emissão de carbono poderão enfrentar multas, destacando os desafios logísticos para o transporte marítimo internacional, especialmente em relação à competitividade do Brasil em comparação com outros países. Nesse sentido, o BNDES está ativamente envolvido em soluções para esses desafios.
O presidente do BNDES mencionou o Fundo da Marinha Mercante como uma ferramenta importante para impulsionar essa transição energética, detalhando que o banco está envolvido em projetos que somam R$6,6 bilhões, incluindo embarcações como balsas, rebocadores e empurradores.
Sobre as perspectivas de curto prazo, Mercadante identificou no etanol e no metanol oportunidades para a adaptação dos navios, com o Brasil tendo destaque na produção desses biocombustíveis. Ele ressaltou a importância de dobrar a produção de etanol no país para atender à demanda.
Além disso, o BNDES está explorando formas de apoiar as empresas aéreas, que continuam sofrendo os efeitos da pandemia de covid-19. Mercadante mencionou o Fundo Nacional da Aviação Civil como uma possível fonte de apoio, destacando a importância de garantir a operação e o fornecimento de crédito para o setor.
Mercadante concluiu enfatizando a disposição do BNDES em contribuir para que as empresas aéreas superem os desafios, citando exemplos de apoio fornecido a esse setor em outros países após a pandemia. Ele destacou a importância estratégica do setor de aviação para o Brasil e a necessidade de um apoio estruturado para garantir sua vitalidade.