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O governo federal prepara um auxílio financeiro direto para as famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (13) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista à imprensa.
“Nós elaboramos alguns cenários. Devemos levar para o presidente ainda hoje e amadurecer até amanhã para eventualmente anunciar ainda esta semana um apoio direto às famílias, para além daqueles já anunciados pelo Ministério da Previdência e do Trabalho”, afirmou Haddad.
O ministro não deu detalhes sobre o valor do auxílio ou como ele será distribuído, mas afirmou que a proposta será submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definição do formato final.
Dívida do RS e situação das enchentes
Haddad também confirmou que o governo federal anunciará nesta segunda-feira medidas para auxiliar o Rio Grande do Sul com sua dívida com a União. O estado é um dos mais afetados pelas enchentes, que já causaram 147 mortes e deixaram mais de 79 mil pessoas em abrigos.
Auxílio similar à época da pandemia
O auxílio financeiro direto anunciado pelo governo federal lembra o programa de transferência de renda emergencial que foi implementado durante a pandemia da Covid-19. Naquela ocasião, o governo, sob o comando de Jair Bolsonaro (PL), e o Congresso Nacional aprovaram o pagamento de R$ 600 por mês para famílias em situação de vulnerabilidade social.
De acordo com o último boletim da Defesa Civil, divulgado às 12h desta segunda-feira, 447 municípios gaúchos foram afetados pelas inundações. Além dos mortos, 127 pessoas ainda estão desaparecidas, 538 mil estão desalojadas e 806 ficaram feridas.
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, superou a marca histórica da enchente de 1941 pela segunda vez desde o início das inundações, na manhã desta segunda-feira. A água segue subindo e o estado permanece em alerta devido à alta dos rios e aos riscos geológicos.
A chuva deve perder força a partir desta terça-feira (14) no Rio Grande do Sul, mas as autoridades pedem cautela à população, pois o risco de novos desastres ainda existe.