Economia

Número de trabalhadores à procura de emprego há mais de dois anos atinge menor patamar em nove anos

Foto: Reprodução

O número de trabalhadores buscando emprego há mais de dois anos caiu para o menor nível em um primeiro trimestre dos últimos nove anos, refletindo uma melhora no mercado de trabalho nos últimos três anos. Dados divulgados na sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a taxa de desemprego de longa duração caiu para 22,2% no primeiro trimestre deste ano, representando 1,9 milhão de pessoas desocupadas há dois anos ou mais.

Esse número, apesar de ser 6,1% maior que no trimestre anterior, representa uma queda de 14,5% em relação ao mesmo período de 2023. Em 2015, o número de desocupados por mais de dois anos era de cerca de 1,4 milhão.

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A queda na taxa de desemprego de longa duração reflete a força do mercado de trabalho brasileiro após o impacto da pandemia de Covid-19. Contudo, especialistas consultados pelo g1 alertam que a desaceleração econômica prevista para este ano e a perspectiva de juros mais altos podem frear essa tendência positiva.

Os analistas recomendam que os trabalhadores invistam em educação e qualificação profissional para se adaptarem às mudanças esperadas nos próximos anos.

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**O que é a taxa de desemprego de longa duração?**

A taxa de desemprego de longa duração representa o percentual de pessoas que estão desocupadas há dois anos ou mais. Desde o terceiro trimestre de 2021, essa taxa vem caindo consistentemente, exceto por uma pequena interrupção no primeiro trimestre de 2023.

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No primeiro trimestre deste ano, aproximadamente 4 milhões de pessoas (46% dos desocupados) buscavam emprego por um período entre um mês e menos de um ano. Esse grupo aumentou 5,5% em relação ao trimestre anterior, mas caiu 6,5% em comparação ao mesmo período de 2023.

O mercado de trabalho brasileiro tem demonstrado resiliência, impulsionado pela economia aquecida. Segundo Jaime Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP, a atividade econômica doméstica supera as expectativas, refletindo-se no fortalecimento do mercado de trabalho. Ele também destaca a influência da política fiscal expansionista do governo, que estimula a economia e, consequentemente, o emprego.

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**Qualidade do emprego e rendimento médio**

A melhora do mercado de trabalho tem se refletido nos indicadores de renda. Dados da Pnad de março indicam que o rendimento real habitual teve alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, chegando a R$ 3.123. No ano, o crescimento foi de 4%.

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Para os trabalhadores em busca de emprego há muito tempo, as vagas tendem a ser de menor qualidade e com salários mais baixos. Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, destaca a importância da qualificação profissional para melhorar a empregabilidade desses trabalhadores, especialmente em um cenário de desaceleração econômica.

**Perspectivas para o mercado de trabalho**

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Embora o mercado de trabalho tenha mostrado sinais positivos, economistas preveem uma desaceleração na criação de vagas nos próximos anos, acompanhando a desaceleração econômica e a manutenção de juros elevados. Jaime Vasconcellos afirma que fatores como inflação e juros altos podem reduzir o consumo das famílias e, consequentemente, a capacidade de crescimento econômico e geração de emprego.

Os dados do PIB do último trimestre de 2023, que mostraram uma queda de 3% nos investimentos, reforçam essa preocupação. Lucas Assis, economista sênior da Tendências Consultoria, aponta que a desaceleração econômica global também deve impactar a geração de vagas, especialmente na indústria, com o setor de serviços permanecendo como o principal motor na criação de empregos no país.

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Esses fatores indicam que o mercado de trabalho brasileiro, apesar de sua resiliência atual, pode enfrentar desafios significativos nos próximos anos.

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