Economia

Empresários alertam para impacto negativo nos preços com mudança no PIS/Cofins

Representantes de diversos setores produtivos, juntamente com especialistas, expressam preocupações em relação à nova medida arrecadatória proposta pelo governo federal, que altera a sistemática do PIS/Cofins. Segundo eles, essa medida pode afetar o planejamento tributário das empresas, reduzir seu capital e eventualmente resultar em aumento de preços para o consumidor.

A proposta, apresentada pelo Ministério da Fazenda, visa compensar as perdas que a União terá com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e de pequenos municípios neste ano. Em termos práticos, o Ministério propôs limitar a compensação de créditos de PIS/Cofins.

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Mário Sérgio Telles, superintendente de economia da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), afirmou que a utilização desses créditos já estava prevista no planejamento das empresas e que, sem essa possibilidade, os empresários precisarão buscar outras fontes de recursos para pagar impostos.

Especialistas consultados pela CNN destacaram o amplo impacto da medida sobre o setor produtivo. Maria Andréia dos Santos, sócia do Machado Associados, considera a reação contrária dos setores como um sinal claro da preocupação gerada pela proposta.

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Anderson Mainates, tributarista do Cascione Advogados, destacou que as empresas exportadoras devem ser as mais afetadas pela medida, já que as novas restrições impedem o uso de créditos de PIS/Cofins para compensar outros tributos.

Diversos setores se posicionaram contra a medida, indicando os possíveis impactos negativos em seus segmentos. A CNI estima um impacto negativo de R$ 29,2 bilhões nos sete meses de vigência da medida em 2024, chegando a R$ 60,8 bilhões em 2025.

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A Associação Brasileira dos Refinadores Privados e a Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo) também criticaram a medida, apontando que ela altera a dinâmica tributária e gera ônus significativo ao setor produtivo nacional.

Parlamentares de diversas frentes se mobilizaram contra a medida, argumentando que ela contraria dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Um grupo de 27 frentes parlamentares defende a devolução da medida provisória e, caso isso não ocorra, buscam sua rejeição em comissão especial, sem encaminhamento para votação nos plenários da Câmara ou do Senado.

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O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou que, caso o governo não atenda ao pedido de retirada da medida, serão buscados diálogos com a presidência das casas legislativas.

Joaquim Passarinho (PL-PA) destacou que os parlamentares foram surpreendidos pela medida e indicou que não haverá apoio à proposta na Câmara, considerando que ela prejudica o debate sobre a reforma tributária.

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