Economia

Mudanças nos benefícios do INSS são discutidas para aliviar pressão sobre orçamento

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Integrantes da equipe econômica do governo têm discutido nos bastidores propostas para revisar benefícios temporários concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como auxílio-doença, auxílio-reclusão (destinado a dependentes de presos em regime fechado) e auxílio por acidente de trabalho. Essa discussão surge em meio à pressão por cortes de gastos no país.

Uma das propostas em consideração é levar o assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a ideia de desvincular esses benefícios dos reajustes do salário mínimo, conforme publicado pelo O Globo. Atualmente, o salário mínimo é ajustado anualmente considerando um ganho real, o que tem impactado nas despesas da Previdência.

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No entanto, há avaliações de que desvincular as aposentadorias permanentes do salário mínimo seria politicamente difícil, podendo enfrentar questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, a opção de desvincular benefícios temporários é considerada mais viável.

Segundo fontes do governo, isso não significaria que esses benefícios temporários não teriam aumento real, mas sim que a regra de reajuste seria diferente dos demais.

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Essas propostas integram um pacote de medidas para redução de gastos, que inclui também a revisão dos gastos mínimos com Educação e Saúde. Tais medidas estão em estudo na equipe econômica como alternativas para equilibrar o Orçamento da União de 2025.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que levará propostas sobre mudanças nos pisos de gastos com Saúde e Educação ao presidente Lula durante a discussão do Orçamento de 2025, cuja proposta deve ser enviada ao Congresso Nacional até agosto deste ano.

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Os pisos de Saúde e Educação são definidos como um percentual da receita e têm crescido acima do limite de gastos previsto, o que pode exigir cortes em outras áreas nos próximos anos. A equipe econômica busca equalizar esse crescimento dentro do intervalo permitido no arcabouço fiscal.

Não há decisões finais tomadas, cabendo ao presidente a decisão final. A equipe econômica argumenta que, diante do cenário fiscal restrito, não faz sentido manter o mesmo ganho de produtividade garantido pelo salário mínimo para todos os benefícios.

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Além disso, considera-se politicamente mais fácil desvincular benefícios temporários do salário mínimo do que mexer nas aposentadorias, que poderiam enfrentar contestações no STF.

Outra mudança em análise é ampliar de 15 para 30 dias o período em que o trabalhador afastado do trabalho tem o salário arcado pela empresa.

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