Economia

Apostas de estrangeiros contra real renovam recordes

José Cruz/Agência Brasil

Investidores estrangeiros no Brasil estão demonstrando uma crescente cautela em face da possível desvalorização do real. Dados recentes indicam que o volume de contratos destinados a lucrar com a queda do real ou a proteger contra a variação do dólar alcançou US$ 78,9 bilhões na última terça-feira (18).

Desde o início de junho, esses níveis recordes refletem a busca por proteção — ou “hedge” — pelos investidores internacionais. Esse aumento significativo está relacionado à piora na percepção de risco em relação à economia brasileira, especialmente por preocupações fiscais.

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A intensificação do movimento cauteloso começou em abril, após o governo federal anunciar mudanças na meta fiscal para 2024. Inicialmente, o objetivo era eliminar o déficit fiscal este ano. Com a nova meta, o país deve encerrar 2024 com um déficit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Outro fator que influenciou esse movimento ocorreu em maio, quando o Banco Central anunciou uma nova redução na taxa básica de juros. A decisão, não unânime, gerou dúvidas sobre a credibilidade da autoridade monetária.

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Além disso, recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre buscar crescimento econômico através do aumento da arrecadação e da redução dos juros, juntamente com críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aumentaram a insegurança entre os investidores estrangeiros.

A posição dos investidores pode refletir duas estratégias distintas. Alguns preveem um dólar mais alto no futuro, buscando lucro. Outros visam se proteger contra a valorização da moeda americana.

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No contexto atual de menor alocação de recursos em países emergentes, especialmente na América Latina, o real foi a terceira moeda que mais se desvalorizou nos últimos 30 dias, com uma queda de 3,98%. A moeda brasileira teve um desempenho pior que o peso argentino, que registrou perdas de 3,20%.

O peso mexicano lidera as desvalorizações, influenciado pelo aumento do risco observado após as eleições presidenciais, com uma queda de 6,75%. Em segundo lugar está o peso colombiano, com uma desvalorização de 5,87%.

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