Economia

Poupança tem entrada líquida de R$ 12,8 bilhões em junho

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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O saldo da caderneta de poupança registrou seu 3º aumento consecutivo em 2024, com depósitos superando saques em junho. Segundo relatório divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (05), os depósitos somaram R$ 348,1 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 335,3 bilhões, resultando em um incremento líquido de R$ 12,8 bilhões.

Os rendimentos creditados nas contas de poupança chegaram a R$ 5,4 bilhões, elevando o saldo total da poupança para R$ 1 trilhão.

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Em maio, a entrada líquida foi de R$ 8,2 bilhões, assim como em março, com R$ 1,3 bilhão. Em contraste, janeiro, fevereiro e abril apresentaram saídas líquidas, com R$ 20,1 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 1,1 bilhão a mais em saques, respectivamente.

O resultado de junho de 2024 foi superior ao de junho de 2023, quando os depósitos excederam os saques em R$ 2,6 bilhões. Em 2023, a caderneta de poupança registrou uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões, menor do que os R$ 103,2 bilhões de 2022, um recorde histórico, influenciado pela inflação e endividamento elevados.

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A política de juros tem impactado os saques na poupança. A manutenção da Selic elevada estimula investimentos com melhor desempenho. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a Selic por 12 vezes consecutivas, em resposta à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. De agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes. Com o controle da inflação, o BC iniciou cortes na Selic, que foram interrompidos no mês passado devido à alta do dólar e às incertezas econômicas. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano.

Em 2021, a retirada líquida da poupança foi de R$ 35,49 bilhões. Em 2020, a caderneta registrou captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, impulsionada pela instabilidade nos títulos públicos no início da pandemia e pelo pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

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