Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O dólar fechou esta terça-feira (9/7) em queda de 1,12%, cotado a R$ 5,41, a menor cotação de fechamento em relação ao real desde 24 de junho, após um dia tranquilo no mercado financeiro.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira (B3), encerrou com leve alta de 0,44%, aos 127.104 pontos, completando sete sessões consecutivas de ganhos. A última vez que o Ibovespa registrou sete pregões seguidos no positivo foi em junho de 2023.
Os resultados foram influenciados pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Ao apresentar seu relatório semestral de política monetária ao Congresso dos EUA, Powell destacou que “a economia americana cresceu a um ritmo robusto”. Ele acrescentou: “Esta não é mais uma economia superaquecida” e que “estamos bem cientes de que enfrentamos riscos bilaterais, e já há algum tempo”, que devem ser cuidadosamente equilibrados frente à política monetária.
Powell observou que, apesar do progresso, a inflação ainda permanece acima da meta de 2%, mas tem mostrado sinais de desaceleração sem um aumento significativo no desemprego. Durante a audiência, ele enfatizou a necessidade contínua de monitorar os riscos inflacionários.
De março de 2022 a maio de 2023, o banco central norte-americano aumentou a taxa de juros em 5 pontos percentuais. Esses aumentos elevaram o custo dos empréstimos ao consumidor, das taxas de hipotecas, empréstimos para automóveis e cartões de crédito, entre outras formas de crédito. O objetivo era desacelerar os gastos e esfriar a economia.
As declarações de Powell podem reforçar as expectativas de mudanças na política monetária a ser divulgada após a reunião do Fed de 30 a 31 de julho, podendo abrir a possibilidade de um corte nas taxas em setembro.
Inflação brasileira
No Brasil, as projeções para a inflação em 2024, segundo a última edição do Relatório Focus do Banco Central (BC), subiram pela nona vez consecutiva. Para 2025, as projeções aumentaram pela décima vez seguida. Além disso, as estimativas para o dólar foram elevadas para 2025 e 2026. A previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 avançou, mas para 2025 ela caiu.
Os dados refletem a mediana das avaliações de cerca de 150 analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente em pesquisa realizada pelo BC. O mercado acredita que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,02%, ante 4% na semana passada.
As projeções para o dólar também aumentaram para 2025 pela quinta vez consecutiva, passando de R$ 5,19 para R$ 5,20. Para 2026, houve elevação pela quarta vez consecutiva, com a previsão também passando de R$ 5,19 para R$ 5,20. Para 2024 e 2027, a previsão é que a moeda americana alcance R$ 5,20.