Economia

IBGE: Indústrias gaúchas têm queda de 26,2% em maio

(Canoas, Rio Grande do Sul - Captura de Tela)

A indústria do Rio Grande do Sul sofreu a maior queda já registrada pela série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de maio. Esse declínio foi consequência das fortes chuvas e enchentes que atingiram o estado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12), no Rio de Janeiro, como parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.

Comparado ao mês anterior, a produção industrial no Rio Grande do Sul, que representa 6,8% da indústria nacional, caiu 26,2%, enquanto a média nacional registrou uma queda de 0,9%. De acordo com o IBGE, essa redução superou a observada no início da pandemia de Covid-19, em abril de 2020, quando houve um recuo de 20,5%.

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As chuvas torrenciais que começaram no fim de abril afetaram 478 dos 497 municípios gaúchos, aproximadamente 96,18% das cidades do estado, e causaram a morte de 182 pessoas, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. Além disso, 31 pessoas continuam desaparecidas.

Diversos setores foram impactados negativamente, incluindo derivados de petróleo, produtos químicos, veículos automotores, alimentos, artefatos de couro, artigos para viagem, calçados, produtos de tabaco, máquinas e equipamentos, produtos de metal, metalurgia e bebidas.

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O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, declarou à Agência IBGE de Notícias que houve paralisação total ou parcial em diversas plantas industriais, além de muitas dificuldades logísticas que prejudicaram a atividade industrial no estado. Segundo ele, esse é o segundo pior patamar de produção da indústria no estado.

A PIM Regional também indicou que nove dos 15 estados avaliados sofreram retração. Além do Rio Grande do Sul, o Espírito Santo registrou uma queda significativa de 10,2%. São Paulo, principal parque industrial do Brasil, teve um recuo de 0,2%. Em contrapartida, Pará e Bahia, nas regiões Norte e Nordeste, anotaram taxas positivas de 12,6% e 8,0%, respectivamente.

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Comparado ao mesmo período em 2023, a retração da indústria brasileira foi de 1%. Segundo Almeida, é o segundo resultado negativo consecutivo da indústria, acumulando uma perda de 1,7% nesse período. Fatores macroeconômicos estão impactando a produção industrial. Apesar da melhora no mercado de trabalho, com a redução da taxa de desemprego e aumento do rendimento médio dos trabalhadores, os juros continuam elevados, encarecendo o crédito e afetando diretamente a cadeia produtiva e a renda disponível das famílias, retraindo o consumo. A inflação também influenciou, concluiu Almeida.

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