Economia

The Economist Alerta Sobre Política Fiscal de Lula: ‘Brasil Enfrenta Declínio Administrado’

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A revista britânica The Economist publicou, na quinta-feira (18), um editorial contundente criticando a gestão fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Intitulado “Para interromper a derrocada do Brasil, Lula precisa cortar gastos públicos desenfreados”, o artigo destaca preocupações sobre a política econômica atual.

No editorial, The Economist argumenta que Lula está gastando como se o Brasil fosse muito mais rico do que realmente é. “O terceiro mandato de Lula como presidente decepcionou”, afirma a revista. “O Brasil que ele herdou havia perdido o rumo. O crescimento econômico anual nos dez anos até 2022 foi, em média, de apenas 0,5%, embora tenha aumentado um pouco desde a pandemia. O problema é que Lula gasta como se o país fosse muito mais rico do que é. Até agora, este ano, as despesas aumentaram uns colossais 13% acima da inflação em comparação com o mesmo período do ano passado, e o déficit fiscal global é de 9% do PIB. Os gastos do governo, em todos os níveis, estão chegando a quase 50% do PIB e a dívida pública a 85%”, diz a Economist.

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A revista aponta que essa situação é familiar no Brasil, onde o crédito caro compromete o crescimento econômico. O editorial também critica as ações de Lula contra o presidente do Banco Central, Campos Neto. Segundo o artigo, Lula tenta atribuir as altas taxas de juros à autoridade monetária, quando, na verdade, essas decisões são reflexo da política fiscal do governo. “Lula poderia impedir parte disso, aderindo estritamente à estrutura fiscal que seu governo elaborou para substituir um teto de gastos rígido que quebrou sob o governo Bolsonaro. Em vez disso, ele atirou no Banco Central, confundindo o sintoma de altas taxas de juros com sua causa subjacente: incontinência fiscal”, afirma a Economist.

O editorial também menciona que as decisões fiscais de Lula têm gerado preocupações entre investidores. A revista critica o presidente por insistir em fórmulas fiscais antigas e não preparar “sucessores mais jovens” para lutar pela reforma necessária. “Há pouco risco imediato de uma crise cambial. Em vez disso, o problema é que Lula está seguindo um caminho de um declínio administrado. A moeda brasileira, o real, perdeu 17% de seu valor em relação ao dólar nos 12 meses até meados de junho, o pior desempenho de qualquer moeda importante”, conclui a Economist.

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