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O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, manteve as taxas de juros do país inalteradas nesta quarta-feira (31) em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Este é o maior nível das taxas desde 2001.
A medida já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última decisão, em junho, marcando agora a oitava reunião consecutiva com juros inalterados.
Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) afirmou que, nos últimos meses, houve um avanço modesto em direção à sua meta de inflação, que é de 2%. Apesar disso, o Fomc voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para a meta.
O comitê também destacou que está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos.
Sobre o mercado de trabalho, o comitê reafirmou que os ganhos no emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego permaneceu baixa. Também afirmou que os riscos para alcançar os seus objetivos de emprego e inflação evoluíram para um melhor equilíbrio ao longo do ano passado.
O colegiado ponderou, no entanto, que as perspectivas econômicas são incertas e que segue muito atento aos riscos inflacionários.
Os juros elevados nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos Treasuries, títulos públicos norte-americanos. Isso se reflete nos mercados de ações e no dólar, com uma migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de melhor remuneração.
No cenário macroeconômico, os efeitos dos juros altos nos Estados Unidos também se refletem no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos se tornam mais caros.
No Brasil, investidores estão na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será divulgada no fim da tarde desta quarta-feira.