Economia

BC: Juro do rotativo do cartão de crédito vai a 432,3% e atinge maior patamar do ano

Foto: Steve Buissinne/Pixabay

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Em julho, a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas alcançou 432,3% ao ano, o maior patamar de 2024, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (29). Esse índice representa um aumento de 3,6 pontos percentuais em relação ao mês anterior e uma alta de 8,9 pontos percentuais em comparação ao trimestre anterior.

Em dezembro de 2023, a taxa média estava em 442,1% ao ano. Apesar de uma queda em janeiro, quando entrou em vigor a nova regra para o rotativo, a taxa voltou a subir nos últimos meses.

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Desde 3 de janeiro, a nova norma determina que a dívida do cartão de crédito não pode ultrapassar o dobro do valor original, limitando a taxa de juros a 100% do montante devido. No entanto, o dado divulgado hoje inclui também as dívidas que já existiam antes da mudança, portanto, não reflete completamente o impacto das novas regras.

A regulamentação foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro de 2023, composto pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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O rotativo do cartão de crédito é a linha de crédito mais cara do mercado, recomendada apenas para situações emergenciais, e é ativado quando o cliente não paga a fatura integral na data de vencimento. A taxa anualizada de 432,3% corresponde a uma taxa média mensal de 14,95%. Desde 2017, os bancos são obrigados a transferir a dívida do rotativo para o parcelado após um mês, oferecendo juros mais baixos.

A taxa do parcelado do cartão caiu para 178% ao ano em julho, uma redução de 4,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

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No mesmo mês, a inadimplência no rotativo subiu para 55,9%, um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao mês anterior e 6,4 pontos percentuais em comparação ao ano passado. Em julho, foram liberados R$ 29,225 bilhões na modalidade, ligeiramente acima dos R$ 29,133 bilhões concedidos em junho. O recorde de liberações foi registrado em novembro do ano passado, com R$ 33 bilhões, o maior volume desde o início da série histórica em março de 2011.

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