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Em julho de 2024, o Governo Lula registrou um déficit primário de R$ 9,28 bilhões, excluindo despesas com juros. Este resultado representa uma redução real de 75,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 35,92 bilhões. A divulgação foi feita pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (05).
No acumulado do ano, o déficit atinge R$ 77,23 bilhões, considerando a inflação, marcando uma diminuição de 5,2% em comparação com o período de janeiro a julho de 2023, que teve um déficit de R$ 81,47 bilhões.
O resultado primário nominal reflete a diferença entre receitas e despesas do governo, indicando a capacidade de investimento sem recorrer ao aumento da dívida pública. Um número negativo sinaliza um déficit, enquanto um número positivo representa um superavit.
O déficit de julho foi particularmente impactado pelo desempenho da Previdência Social, com as seguintes divisões: Tesouro Nacional registrou um superavit de R$ 13,5 bilhões; Banco Central teve um déficit de R$ 327 milhões; e Previdência Social apresentou um déficit de R$ 22,46 bilhões.
A arrecadação federal alcançou um recorde de R$ 231 bilhões no mês, contribuindo para o resultado primário. A receita líquida total do governo foi de R$ 221,48 bilhões em julho, com uma alta real anual de 9,50%, e o acumulado do ano somou R$ 1,55 trilhão, com aumento de 8,60%.
As principais variações na arrecadação foram: IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) com aumento de R$ 4,3 bilhões; Imposto sobre a Renda com acréscimo de R$ 8,3 bilhões; e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) com alta de R$ 3,2 bilhões. Outras receitas administradas pelo Fisco diminuíram em R$ 2,4 bilhões, e dividendos e participações caíram em R$ 1,9 bilhão.
As despesas primárias totais subiram consideravelmente, totalizando R$ 192,83 bilhões em julho, uma redução de 6,00%, e R$ 1,33 trilhão no acumulado do ano, com aumento de 13,00%. As principais variações no mês foram: redução de R$ 21,2 bilhões em benefícios previdenciários; diminuição de R$ 4 bilhões em apoio financeiro a Estados e municípios; aumento de R$ 3,1 bilhões em créditos extraordinários; queda de R$ 2,3 bilhões em subsídios, subvenções e Proagro; e incremento de R$ 9,5 bilhões em despesas do Poder Executivo sujeitas à programação financeira.