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A carteira de financiamento para energias renováveis do Banco do Brasil atingiu R$ 15,4 bilhões, registrando um crescimento de 16,6% nos últimos 12 meses. A meta do banco é dobrar o saldo dessa carteira até 2030, chegando a R$ 30 bilhões. No segmento de Project Finance, voltado para projetos de usinas eólicas e de energia solar, o volume ultrapassou R$ 8 bilhões. Para produtores rurais, através do Programa Agro Energia, foram destinados mais de R$ 4,8 bilhões.
Entre as micro e pequenas empresas, o financiamento para energia renovável superou R$ 1 bilhão neste ano. Já no âmbito residencial, foram realizados mais de 24 mil projetos com energia renovável, totalizando R$ 700 milhões em investimentos.
Durante um painel na sede da ONU, em Nova York, Gabriel Santamaria, gerente geral de Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, destacou a importância da transição energética no cenário global atual. Segundo ele, esse processo tem impacto direto no desenvolvimento econômico e passa de forma transversal pela sustentabilidade e pela inovação tecnológica. Ele enfatizou que a energia renovável está inserida nos compromissos públicos do banco em prol da sustentabilidade, com foco na descarbonização das atividades dos clientes e no apoio à economia do país.
No mesmo painel, que discutiu o powershoring como estratégia empresarial para localização de plantas industriais em regiões com energia renovável abundante e segura, Santamaria mencionou operações recentes do Banco do Brasil. Entre elas, o financiamento de R$ 34,4 milhões para a construção de um complexo de energia solar em Goiás, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Além disso, ressaltou o financiamento de R$ 500 milhões para a construção da usina térmica de gás natural UTE Manaus I, no Amazonas, com capacidade de 162,9 megawatts, através do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), substituindo antigas usinas a óleo e minimizando os impactos ambientais na região.
Santamaria destacou ainda que o sistema financeiro desempenha um papel fundamental na transição para uma economia mais verde, inclusiva e menos intensiva em emissões de carbono. O Banco do Brasil, segundo ele, tem gerado valor ao apoiar negócios que trazem tanto benefícios econômicos, como energia mais barata para plantas industriais, quanto impacto ambiental positivo. O gerente concluiu afirmando que o Banco do Brasil tem como objetivo alcançar um saldo de R$ 500 bilhões em sua carteira de crédito sustentável até 2030, e que o volume atual já se encontra em R$ 360 bilhões, o que reflete o compromisso da instituição com a sustentabilidade e a inclusão social no país.