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No acumulado dos oito primeiros meses de 2024, a arrecadação federal alcançou R$ 1,731 trilhão, representando um crescimento de 9,47% em termos reais em comparação ao mesmo período de 2023, quando totalizou R$ 1,517 trilhão. Em termos nominais, o aumento foi de 14,07%.
Em agosto, a arrecadação total das receitas federais atingiu R$ 201,622 bilhões, com uma alta real de 11,95% em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 172,785 bilhões). Em termos nominais, o crescimento foi de 16,69%. Esse resultado marca o melhor desempenho desde 1995, tanto para agosto quanto para o acumulado de janeiro a agosto.
Das receitas administradas pela Receita Federal, o recolhimento em agosto foi de R$ 195,120 bilhões, com um aumento real de 12,06% e nominal de 16,81% em relação a agosto de 2023. No acumulado do ano, as receitas administradas somaram R$ 1,645 trilhão, um crescimento real de 9,41%.
Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, pelo chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, e pelo coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide.
Fatores atípicos, como a retomada de pagamentos de impostos no Rio Grande do Sul após adiamentos devido a desastres naturais, contribuíram com R$ 3,830 bilhões em agosto. Segundo Malaquias, esses valores impactaram positivamente a arrecadação e devem ser considerados nas análises futuras.
Em termos de setores, a maior contribuição em agosto veio do segmento financeiro, com R$ 20,394 bilhões, alta de 9,79%. O comércio atacadista também se destacou, arrecadando R$ 13,665 bilhões, um crescimento de 25,7%.
A Receita Federal atribui a melhora nos números à recuperação econômica, refletida em indicadores como a produção industrial, que cresceu 7,35% em julho em comparação ao mesmo mês do ano passado, e um aumento de 14,53% na massa salarial.
Os principais tributos que contribuíram para os resultados de agosto foram a receita previdenciária, com R$ 54,700 bilhões, e o Cofins/Pis-Pasep, com R$ 45,676 bilhões, registrando aumentos significativos sobre os valores de 2023. A arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) também mostrou crescimento, embora tenha apresentado variações em diferentes categorias.
A Receita Federal ainda destaca a evolução positiva dos principais indicadores econômicos e a influência das novas legislações tributárias como fatores essenciais para o desempenho positivo da arrecadação até agosto de 2024.