Economia

‘Planejamento da Enel em SP beirou burrice’, diz ministro de Lula

Foto: Canva Fotos / Divulgação / Perfil Brasil

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou duramente o planejamento da distribuidora italiana Enel na manhã desta segunda-feira (14), classificando-o como “falho” e afirmando que “beirou a burrice”.

A declaração foi feita em referência ao apagão de grandes proporções que atinge São Paulo desde a noite da última sexta-feira (11), após uma tempestade com ventos de até 107 km/h.

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Cerca de 537 mil consumidores ainda permaneciam sem energia elétrica na área de concessão da Enel na manhã de hoje, sendo que mais de 350 mil estão localizados na capital paulista. Além de São Paulo, municípios como Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo também foram afetados pela falta de eletricidade.

Após uma reunião com representantes da Enel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Silveira declarou em entrevista que a empresa adotou uma estratégia inadequada ao priorizar a modernização de suas redes, resultando na redução do quadro de funcionários, o que, segundo o ministro, agravou os problemas causados pela interrupção no fornecimento de energia.

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“Faltou planejamento da Enel e, na minha opinião, beirou a burrice ela achar que ampliar e modernizar a rede para diminuir pessoal, sem se preocupar com a questão urbanística (árvores), iria resolver o problema de São Paulo”, afirmou Silveira.

O ministro de Lula ressaltou a necessidade de uma atuação conjunta entre a Enel e a prefeitura de São Paulo para a poda preventiva de árvores próximas à rede elétrica. Ele afirmou que a prefeitura não cumpriu plenamente essa obrigação, destacando que mais de 50% dos problemas de interrupção no fornecimento de energia na capital foram causados por quedas de árvores sobre a rede elétrica.

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“Os laudos que estamos recebendo é que mais de 50% dos eventos foram causados por árvores caindo em cima das redes, o que não é prerrogativa das distribuidoras (a poda preventiva). Municípios que não cumprem com sua responsabilidade e precisam pelo menos dar essa liberdade ao setor de distribuição de cuidar”, disse Silveira.

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