Economia

Caixa vai reduzir crédito para financiamento de imóveis e exigir entrada maior; saiba tudo

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]

A Caixa Econômica Federal anunciou que, a partir de novembro, fará mudanças nos financiamentos para imóveis de até R$ 1,5 milhão, exigindo uma entrada maior dos consumidores. O anúncio foi feito pelo banco estatal nesta terça-feira (15).

Os empréstimos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) serão limitados a imóveis com valor de avaliação ou compra e venda até R$ 1,5 milhão, e o cliente não poderá ter outro financiamento habitacional ativo com o banco.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Além disso, a partir de novembro, a Caixa reduzirá as cotas de financiamento. Pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), o banco financiará até 70% do valor do imóvel, enquanto atualmente financia até 80%. No sistema Price, o limite será reduzido de 70% para 50%. No sistema SAC, o valor das prestações diminui ao longo do tempo devido à parcela decrescente de juros, enquanto, no sistema Price, o valor total é constante durante o prazo contratado.

Na prática, os compradores precisarão dar um valor maior de entrada. Por exemplo, atualmente, se um imóvel custa R$ 800 mil, a Caixa financia até R$ 640 mil, e o mutuário paga 20% como entrada, o que corresponde a R$ 160 mil. Com as novas regras, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá R$ 560 mil financiados, ficando os outros 30% a cargo do comprador, ou seja, R$ 240 mil.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Essas alterações não se aplicarão às unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pelo banco, que continuarão com as condições vigentes. Propriedades já adquiridas também não terão suas regras de financiamento alteradas, e a Caixa não especificou se as novas medidas terão prazo de validade.

A redução das cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel ocorrem em meio a um cenário de alta demanda por imóveis e aumento nos saques da poupança, fonte dos recursos usados pela Caixa para os empréstimos via SBPE. Em setembro, a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano, totalizando R$ 7,1 bilhões, segundo dados do Banco Central do Brasil. Esse foi o terceiro mês consecutivo de retiradas.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Em comunicado, a Caixa informou que sua carteira de crédito habitacional deve superar o orçamento aprovado para 2024. A instituição, que responde por quase 70% do mercado, concedeu até setembro R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um crescimento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023, com 627 mil financiamentos de imóveis. No segmento de financiamentos com recursos da poupança (SBPE), a Caixa detém uma participação de mercado de 48,3%, correspondendo a R$ 63,5 bilhões das operações realizadas até setembro.

A instituição afirmou que avalia constantemente medidas para atender à demanda excedente por financiamentos habitacionais e participa de discussões com o mercado e o governo para buscar novas soluções que permitam a expansão do crédito imobiliário, tanto pela Caixa quanto por outros agentes do mercado.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile