Economia

Infraestrutura urbana terá R$ 1,6 trilhão em investimentos até 2033

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O Governo Lula anunciou nesta quarta-feira (30) os investimentos programados para a indústria em setores como infraestrutura, saneamento básico, moradia e mobilidade até 2033, totalizando R$ 1,6 trilhão. Desse montante, R$ 1,06 trilhão será oriundo do setor privado, enquanto o restante virá de linhas de crédito e subvenções do poder público, incluindo valores destinados a obras dos programas de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa Minha Vida, que visam alavancar as atividades industriais.

Os projetos estão associados à Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB), uma política industrial lançada em janeiro deste ano. Este programa abrange missões que visam a ampliação da autonomia, transição ecológica e modernização do parque industrial, priorizando setores como agroindústria, saúde, bioeconomia e defesa, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033, com foco em sustentabilidade e inovação.

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Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou dos anúncios. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que a missão de infraestrutura urbana está registrando recordes de investimentos, afirmando que a iniciativa é uma boa notícia que melhora a qualidade de vida das pessoas por meio de habitação, saneamento e infraestrutura, além de reduzir custos, impulsionar a economia e gerar empregos. Ele também enfatizou a importância do setor privado na realização desses investimentos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o governo está atento às demandas do setor privado em relação à reforma tributária, atualmente em fase de regulamentação. Haddad destacou o impacto positivo da construção civil no desenvolvimento econômico e o déficit habitacional e de infraestrutura do país, mencionando que a reforma tributária beneficiará a indústria, tornando-a mais competitiva a partir de 2026.

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Entre as prioridades da Missão 3 está o desenvolvimento da cadeia produtiva de baterias, com a meta de que, até 2026, ao menos 3% dos veículos eletrificados no Brasil utilizem baterias nacionais, alcançando 33% até 2033. A empresa brasileira WEG anunciou que investirá R$ 100 milhões na produção de packs de baterias elétricas, totalizando R$ 1,8 bilhão em investimentos nos últimos dois anos relacionados à Missão 3.

O Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) ressaltou que o Brasil possui grandes reservas de lítio e outros minerais necessários para a fabricação de baterias, mas a maior parte desses recursos é exportada para a produção no exterior. Outro objetivo é a entrega, até 2026, de 2 milhões de moradias pelo Programa Minha Casa Minha Vida, sendo 500 mil delas equipadas com painéis solares fotovoltaicos, com um total de 6,9 milhões de casas até 2033.

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Durante a cerimônia, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) anunciaram investimentos de R$ 1,05 trilhão nas áreas de moradia, infraestrutura e saneamento até 2029. A maior parte desses recursos será direcionada a obras de mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, totalizando R$ 833 bilhões, além de R$ 222,5 bilhões para habitação e R$ 1,6 bilhão na produção de insumos.

Os recursos públicos para a Missão 3 da NIB totalizam R$ 113,7 bilhões, provenientes das linhas de crédito e subvenções do Plano Mais Produção (P+P), criado para financiar a NIB. Desde 2023, R$ 48,6 bilhões foram destinados a projetos relacionados, e R$ 65,1 bilhões estarão disponíveis até 2026. Além disso, R$ 492,4 bilhões da Caixa, do Banco do Nordeste (BNB) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão alocados para obras do PAC e do programa Minha Casa Minha Vida.

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Com o novo aporte de R$ 63 bilhões da Caixa, os recursos públicos para os projetos das seis missões da NIB aumentaram para R$ 405,7 bilhões. As demais instituições envolvidas no plano incluem a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco da Amazônia (Basa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Na cerimônia, a Finep assinou oito contratos de subvenção e dois de crédito direto para o desenvolvimento de novas tecnologias, totalizando R$ 157 milhões. Quase R$ 10 milhões serão destinados ao projeto de um “barco voador”, desenvolvido pela startup amazonense AeroRiver, que poderá transportar até 10 passageiros e atingir velocidade de 150 km/h.

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Os projetos apoiados pela Finep também incluem soluções para aviação sustentável, centros de pesquisa e tecnologia, remanufatura de resíduos e desenvolvimento de caminhões elétricos autônomos para uso industrial. A política industrial do governo conta com seis missões que buscam aumentar a autonomia, promover a transição ecológica e modernizar o parque industrial brasileiro, com foco em setores como agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e indústria de defesa.

Alckmin ainda apresentou um balanço dos investimentos privados já anunciados no âmbito da NIB, totalizando R$ 1,694 trilhão, distribuídos entre diversos setores, sendo R$ 1,06 trilhão para infraestrutura urbana, R$ 100,7 bilhões para tecnologia da informação e comunicação (TIC), R$ 130 bilhões para o setor automotivo, R$ 120 bilhões para alimentos, R$ 100 bilhões para aço, R$ 105 bilhões para papel e celulose e R$ 39,5 bilhões para saúde.

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