Economia

IBGE: Desemprego no Brasil recua para 6,4% no 3º trimestre

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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A taxa de desemprego recuou para 6,4% no terceiro trimestre, representando uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao período anterior (abril a junho). Em comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa diminuiu 1,3 ponto.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira, 31, indicam que este é o segundo menor patamar da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012, sendo superado apenas pelo desemprego de 6,3% no trimestre encerrado em dezembro de 2013.

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Conforme informações do IBGE, o número de pessoas que estavam desocupadas e procurando trabalho caiu para 7 milhões, o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. As comparações mostram uma redução significativa: -7,2% no trimestre, o que corresponde a menos 541 mil pessoas em busca de emprego, e -15,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, com 1,3 milhão a menos.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a trajetória de queda da desocupação é resultado da contínua expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas.

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O número de pessoas ocupadas atingiu um novo recorde de 103 milhões, com crescimento de 1,2% no trimestre, ou mais 1,2 milhão de trabalhadores.

Em comparação anual, a alta foi de 3,2%, equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas empregadas.

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A Indústria e o Comércio foram os setores que impulsionaram o aumento da ocupação no trimestre, com crescimento de 3,2% e 1,5% em seus contingentes, respectivamente. Juntos, esses dois setores absorveram 709 mil trabalhadores na comparação trimestral, sendo 416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio. Além disso, a população ocupada no Comércio alcançou um recorde de 19,6 milhões de pessoas.

Beringuy esclareceu que, enquanto a indústria registrou aumento no emprego com carteira assinada, no comércio, embora também tenha havido crescimento na carteira assinada, o aumento predominante ocorreu por meio do emprego sem carteira. O número de empregados do setor privado atingiu 53,3 milhões, um novo recorde, com alta de 2,2% no trimestre e de 5,3% no ano. Este setor também registrou recordes no número de empregados com carteira de trabalho assinada (39,0 milhões) e sem carteira de trabalho (14,3 milhões).

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No setor privado, o emprego com carteira cresceu 1,5% (mais 582 mil pessoas) no trimestre e 4,3% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano. O contingente de empregados sem carteira apresentou crescimento de 3,9% (mais 540 mil pessoas) e de 8,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) nas mesmas comparações.

No setor público, o número de empregados chegou a 12,8 milhões, mantendo-se estável no trimestre e apresentando um crescimento de 4,6% (mais 568 mil pessoas) no ano. Essa alta é puxada principalmente pelos servidores sem carteira assinada, que cresceram 4,2% no trimestre e 9,1% no ano. Já o grupo dos militares e servidores estatutários permaneceu estável nas duas comparações.

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Em relação à renda, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.227 no trimestre encerrado em agosto, sem variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior, mas com alta de 3,7% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. A soma das remunerações de todos os trabalhadores, conhecida como massa de rendimentos, alcançou R$ 327,7 bilhões, mantendo estabilidade no trimestre e apresentando um aumento de 7,2% na comparação anual.

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