Economia

Banco Central Eleva Selic para 11,25% ao Ano em Nova Medida para Combater a Inflação

Foto: Agência Brasil

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (06), a elevação da taxa Selic de 10,75% para 11,25% ao ano, em uma decisão unânime entre os membros. O aumento de 0,5 ponto percentual marca a maior alta na taxa básica de juros desde maio de 2022 e reflete uma postura mais rigorosa da autoridade monetária diante da inflação persistente no país.

Em comunicado, o Copom afirmou que o cenário externo permanece desafiador, especialmente devido à incerteza econômica nos Estados Unidos. A nota aponta que as incertezas quanto ao ritmo de desaceleração e desinflação da economia americana influenciam a política monetária brasileira, dado o impacto que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) exerce no cenário financeiro global.

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Contexto e Histórico Recente da Selic

A Selic chegou a atingir 13,75% ao ano em 2023, mas desde então vinha passando por uma série de cortes até atingir 10,5% ao ano em junho de 2024. No entanto, o cenário inflacionário fez com que o Banco Central voltasse a adotar uma postura mais cautelosa, promovendo o primeiro aumento em setembro e, agora, o segundo ajuste consecutivo para 11,25%.

O Copom, presidido por Roberto Campos Neto e composto por oito diretores do Banco Central, utiliza a taxa Selic como principal ferramenta para controlar a inflação. A taxa influencia diretamente as taxas de juros aplicadas a empréstimos, financiamentos e outras modalidades de crédito no país, com o objetivo de ajustar o consumo e a atividade econômica de forma a manter a inflação dentro da meta estabelecida.

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Expectativas do Mercado para o Resto do Ano

A decisão do Copom era amplamente esperada pelo mercado financeiro, que já projetava um aumento de 0,5 ponto percentual. De acordo com o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, a expectativa é que a taxa Selic termine 2024 em 11,75% ao ano. Com isso, o mercado prevê que novos aumentos poderão ocorrer ainda neste ano, em um esforço contínuo para conter a inflação.

Em nota adicional, o Copom destacou que, além das incertezas sobre a economia americana, segue acompanhando de perto os efeitos da política fiscal sobre o mercado financeiro e a política monetária. O governo brasileiro vem preparando um plano para cortar despesas, mas ainda não há detalhes sobre o impacto exato dessas medidas nos gastos públicos.

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O texto divulgado pelo Copom nesta reunião adicionou uma observação importante: a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem “afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas do mercado”, especialmente em relação ao prêmio de risco e à taxa de câmbio. A menção à necessidade de medidas estruturais para o orçamento fiscal destaca o compromisso do Banco Central com uma política fiscal que sustente a estabilidade econômica no longo prazo.

Dólar em Queda e Perspectivas Futuras

Após a decisão do Copom, o dólar inverteu a tendência de alta da manhã e encerrou o dia em queda, cotado a R$ 5,67. No entanto, a moeda americana segue acumulando valorização em 2024, com uma alta de 16,93% desde o início do ano, o que aumenta a pressão sobre os preços de produtos importados e impacta a inflação no Brasil.

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O Copom não detalhou os próximos passos do ciclo de aperto monetário, mencionando apenas que os ajustes futuros dependerão da evolução da inflação, especialmente nos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária. “O ritmo de ajustes e a magnitude total do ciclo de aperto serão determinados pelo compromisso com a convergência da inflação à meta e dependerão da dinâmica inflacionária, das projeções de inflação e do balanço de riscos,” pontuou o comunicado.

Próxima Reunião do Copom

O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a taxa Selic. A próxima e última reunião de 2024 está agendada para os dias 10 e 11 de dezembro, quando o colegiado deverá avaliar novamente o cenário econômico e decidir os rumos da política monetária do país.

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