Economia

IPCA: Inflação oficial sobe pelo 2º mês seguido, com alta dos preços da carne e luz

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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A inflação oficial do Brasil acelerou pelo segundo mês consecutivo e registrou alta de 0,56% em outubro, segundo dados divulgados na manhã desta sexta-feira (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) teve um aumento de 0,12 ponto percentual em relação a setembro, quando a variação foi de 0,44%.

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No acumulado de 2024, o IPCA registra uma alta de 3,88%, e nos últimos 12 meses, a inflação alcançou 4,76%, superando os 4,42% registrados no período anterior. Em outubro de 2023, a variação foi de 0,24%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois se destacaram pela maior influência nos resultados de outubro: habitação (1,49%) e alimentação e bebidas (1,06%). Outros grupos apresentaram variações que foram de um recuo de 0,38% em transportes até uma alta de 0,7% em despesas pessoais.

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No grupo de habitação, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento na tarifa de energia elétrica residencial (4,74%), devido à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescentou R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos a partir de 1º de outubro.

Em alimentação e bebidas, o subgrupo de alimentação no domicílio teve variação de 1,22% em outubro, superando o índice de 0,56% registrado em setembro. Entre os itens que mais pesaram, destacaram-se as carnes, com aumento de 5,81%, incluindo cortes como acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Também houve altas no tomate (9,82%) e no café moído (4,01%). Em contrapartida, o preço de itens como manga (-17,97%), mamão (-17,83%) e cebola (-16,04%) registrou queda.

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A alimentação fora do domicílio, que teve variação de 0,65%, também apresentou aceleração em relação a setembro (0,34%). A refeição fora de casa passou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche aumentou de 0,67% para 0,88%.

Por outro lado, o grupo transportes teve recuo de 0,38%, principalmente devido à queda nas passagens aéreas (-11,5%). O transporte ferroviário (-4,8%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração de transporte público (-3,04%) também apresentaram variações negativas, influenciadas pelas gratuidades oferecidas durante os dias das eleições municipais.

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Nos combustíveis, a variação foi de -0,17%, com quedas no etanol (-0,56%), óleo diesel (-0,2%) e gasolina (-0,13%). O gás veicular, por outro lado, registrou alta de 0,48%.

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