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A inadimplência no ensino superior privado no Brasil alcançou 9,33% no primeiro semestre de 2024, conforme dados da 16ª edição da Pesquisa de Inadimplência no Ensino Superior Privado, divulgada na terça-feira (13).
Realizada pelo Instituto Semesp em parceria com a Principia, a pesquisa envolveu 250 instituições de ensino, que representam aproximadamente 26% das matrículas nacionais em cursos presenciais e a distância.
O aumento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2023 reflete o cenário econômico desafiador e o crescente endividamento das famílias. Segundo o Serasa, em agosto de 2024, 47,9% da renda das famílias brasileiras estava comprometida com dívidas.
Após uma leve recuperação em 2022, a inadimplência voltou a crescer em 2023, chegando a 9,03%. No primeiro semestre de 2024, a situação piorou, com a inadimplência em cursos presenciais subindo 3,0% e no EAD, 11,8%, resultando na taxa total de 9,33%.
As instituições de ensino de pequeno porte são as mais afetadas, com taxas de inadimplência de 14,26%, seguidas pelas de médio porte, com 7,91%, e pelas grandes, com 9,15%.
Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, destacou que o cenário macroeconômico tem sido um dos principais fatores críticos. A inflação de 4,62% em 2023 e o elevado endividamento das famílias impactam diretamente a capacidade de pagamento das mensalidades.
Capelato ainda apontou que as apostas online têm contribuído para o endividamento, afetando o orçamento dos estudantes.