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Em outubro, a cesta básica na capital paulista registrou um aumento de 1,15% em comparação com o mês anterior, conforme levantamento do Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor da cesta passou de R$ 1.268,03 no final de setembro para R$ 1.282,60 no dia 31 de outubro.
Os grupos de higiene pessoal e limpeza tiveram queda, de 2,04% e 0,63%, respectivamente. Já o grupo de alimentação, responsável pelo maior impacto, registrou uma alta de 1,60%. Entre os produtos alimentícios, os maiores aumentos foram observados na carne de segunda sem osso (8,71%), carne de primeira (7,44%), café em pó (6,49%), óleo de soja (5,5%) e farinha de trigo (5,49%).
Considerando os últimos 12 meses, a cesta básica teve um aumento de 8,52% em relação a outubro de 2023. No mesmo período, o grupo alimentação subiu 9,89%, enquanto higiene pessoal teve um acréscimo de 3,69%, e limpeza sofreu uma queda de 3,2%. Os produtos alimentícios com maior variação positiva nos últimos 12 meses foram batata (48,35%), café em pó (33,05%), arroz (28,97%), alho (24,46%) e leite (24,15%).
O Procon-SP explicou que as oscilações nos preços dos produtos da cesta básica são resultado de uma série de fatores, como problemas climáticos, questões sazonais, excesso ou escassez de oferta e demanda, preços das commodities, variações cambiais, formação de estoques e desonerações de tributos.
Em relação às carnes, o órgão apontou que a estiagem e as queimadas, além do aquecimento das exportações brasileiras, impactaram o aumento da carne bovina no mercado interno. Quanto ao café, a redução da oferta global, especialmente no Vietnã, e o aumento das exportações brasileiras contribuíram para o encarecimento, agravado pela falta de chuvas que prejudicaram a próxima safra no país.
Sobre o óleo de soja, o Procon-SP destacou que o aumento no mercado externo, a maior demanda interna por biodiesel e alimentos, além da alta nos prêmios de exportação, resultaram no encarecimento do óleo no varejo. Já a alta no trigo e seus derivados, incluindo a farinha de trigo, foi ocasionada pela baixa produtividade no estado.