Eleições 2022

Moro pede “desprendimento” de D’Ávila, Doria, Leite, Tebet e Janones para “auxiliar a unificação” da terceira via

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No final da tarde desta sexta-feira (1°), o ex-ministro Sérgio Moro fez um breve pronunciamento, um dia após dizer que não concorreria à presidência na eleição de 2022 e que trocaria de partido, saindo do Podemos para se juntar ao União Brasil. Moro defendeu uma união do “centro democrático” em torno de um candidato da terceira via, contra Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

“Precisamos de outros atos de desprendimento, de Luiz Felipe D’Ávilla, João Doria, Eduardo Leite, Simone Tebet, André Janones, e de lideranças partidárias, para fazer prosperar essa articulação democrática”, defendeu Moro.

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Leia o discurso completo de Moro:

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Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada. Muito menos de meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário. Sigo firme na construção de um projeto para o país.

Temos que falar a verdade. O Brasil está em um ano eleitoral decisivo, no qual iremos escolher que tipo de país queremos ser. Infelizmente, vemos sobressair propostas políticas simplesmente erradas, dos candidatos Lula e Bolsonaro, representantes de governos manchados por corrupção, mentiras, incompetência e busca de privilégios e impunidade.

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Para livrar o Brasil desses extremos, coloquei o meu nome à disposição do país. Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou Ministro da Justiça. Também não tenho necessidade de foro privilegiado ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal.

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Ambiciono, isso sim, um Brasil melhor, com mudanças reais, com empregos, saúde e educação de qualidade, sem fome, com desenvolvimento inclusivo e sustentável, sem corrupção e sem injustiças.

Não pode, porém, ser um projeto individual. Precisamos, com urgência, da união do centro democrático contra os extremos. Hoje, no Brasil, quem lidera a formação desse polo político é Luciano Bivar, Presidente do União Brasil, dialogando com as demais forças políticas de centro.

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Filiei-me ao União Brasil com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático, exigência para derrotar o populismo e o radicalismo que ameaçam a nação. Meu movimento político exigiu desprendimento e humildade. Não foi a escolha de um atalho fácil, mas de um caminho longo e árduo. Mas, reafirmo: sinto-me agora mais fortalecido, ao lado de grandes forças políticas, para avançar em minha pretensão, sabendo que ela fará parte de uma construção coletiva.

Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático. Não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país. Precisamos de outros atos de desprendimento, de Luiz Felipe D’Ávilla, João Doria, Eduardo Leite, Simone Tebet, André Janones, e de lideranças partidárias, para fazer prosperar essa articulação democrática.

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Precisamos – e isso é fundamental – que a sociedade civil e a população se ergam e nos auxiliem. É uma responsabilidade de cada um e de todos. Se não nos mobilizarmos, não conseguiremos evitar o abismo dos extremos e do ódio. Sei que muitos estão desapontados e outros com medo de se insurgirem. Devemos, porém, evitar a resignação. A vitória contra Lula e Bolsonaro dependerá da indignação de cada brasileiro de bem.

Em meu novo partido, o União Brasil, serei um soldado da democracia. Cabem, na formação do centro, todos, inclusive o meu anterior partido, o Podemos, em relação ao qual e a sua Presidente Renata Abreu, tomo a liberdade de registrar minha admiração e dirigir agradecimentos por terem viabilizado a caminhada até este momento.

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Quero solicitar aos meus simpatizantes, dentro ou fora dos partidos, que até aqui me deram grande apoio, que continuem firmes e mobilizados. Nós vamos reforçar a luta em defesa do futuro de nosso país. Eu tenho muita fé de que, nesta jornada, nós vamos ser vitoriosos. A nossa luta está apenas começando e estou pronto para enfrentá-la.

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