Eleições 2022

Lula e caciques do MDB participam de jantar em Brasília

Em jantar realizado na segunda-feira (11) de quase 4 horas na casa do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), o ex-presidiário Lula (PT) foi cobrado sobre as declarações que deu nos últimos dias.

Recentemente, o petista defendeu o direito de mulheres fazerem aborto, incentivou protestos contra congressistas e disse que, se eleito presidente, retiraria militares de cargos comissionados no governo.

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Cinco participantes do encontro disseram à CNN Brasil que as primeiras críticas partiram do senador Omar Aziz (PSD-AM) e foram seguidas pelo colega Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).  Eles apelaram para Lula “maneirar nas discussões sobre a pauta de costumes”. Ambos disseram que, se seguir nesta seara, o petista acabará dando, automaticamente, “palanque” ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

De acordo com os convidados, Lula ouviu as cobranças dos senadores e disse que vai falar sobre o que o povo está interessado —inflação, desemprego, aumento de combustíveis—, mas afirmou que “não é homem de fugir de debate”.

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O petista, segundo os relatos, afirmou que se o presidente quiser debater religião, ele vai “mostrar que é mais cristão que o Bolsonaro”. “Fui coroinha”, brincou Lula, de acordo com senadores ouvidos pela CNN.

O petista também citou episódios que, segundo ele, não seriam práticas cristãs. Lula lembrou o fato de o deputado Eduardo Bolsonaro ter, segundo ele, ironizado a morte de seu neto, em 2019, e que Bolsonaro lançou o filho Carlos na política para concorrer contra a mãe, Rogéria, a uma vaga na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

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Ainda de acordo com participantes do jantar, Lula também disse que “não vai fugir do debate sobre corrupção” com Bolsonaro.

Estrategistas da campanha à reeleição do presidente entendem que a corrupção deve ser o foco dos ataques de Bolsonaro ao petista durante a corrida eleitoral.

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Lula voltou a dizer ainda que a disputa pelo Palácio do Planalto neste ano “não é uma luta entre a esquerda e a direita, mas sim entre os que defendem a democracia e os que pregam o retrocesso do país”.

De acordo com senadores que estiveram no jantar, o ex-presidente afirmou que, neste momento, a luta é “para manter o país que a Constituinte de 1988 nos deu”.

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No momento em que a senadora Simone Tebet (MDB) trabalha para se consolidar como a candidata à Presidência da chamada Terceira Via, os caciques do MDB também fizeram questão de dizer a Lula que o “MDB não pode brincar de ter candidato” ao Palácio do Planalto.

Os senadores do MDB afirmaram que o partido só vai definir em agosto, durante a convenção partidária, qual será a posição a ser adotada. “A convenção é soberana”, afirmou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) à CNN.

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A avaliação da ala do MDB que esteve no jantar —participaram 5 dos atuais 13 senadores— é a de que a candidatura de Tebet ao Planalto só pode ser oficializada se, até a data limite estabelecida pela Justiça Eleitoral, a senadora conseguir mostrar real viabilidade eleitoral.

Esse grupo tem dito que o partido não pode repetir o roteiro de 2018, quando lançou a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência, que terminou em sétimo lugar, com apenas 1,2% dos votos.

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