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Nesta sexta-feira (17), em seu segundo dia de giro pelo Nordeste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que intercedeu em favor dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, sequestrado em 11 de dezembro de 1989.
Segundo o petista, ele procurou o então ministro da Justiça, Renan Calheiros e o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para libertar sequestradores do ex-dono do Pão de Açúcar.
“Fui na cadeia dia 31/12 conversar com os meninos”, relatou durante evento em Maceió.
Petista disse que, durante sua conversa com FHC, ele disse que, soltando os presos, o então presidente poderia entrar para a História “como um democrata”, evitando que “ 10 jovens que cometeram um erro” morressem na cadeia.
O petista afirmou que FHC concordou em libertar os presos se eles interrompessem a greve de fome.
“E eu fui na cadeia no dia 31 de dezembro conversar com os meninos e falar: ‘Olha, vocês vão ter de dar a palavra para mim, vocês vão ter de garantir pra mim, que vão acabar com a greve de fome agora, e vocês serão soltos. Eles respeitaram a proposta, pararam a greve de fome e foram soltos. E eu não sei onde eles estão agora.”
Veja o momento da fala captado pelo portal Metrópoles.
Lula diz que procurou Renan Calheiros e FHC para libertar sequestradores de Abílio Diniz da prisão.
Petista afirmou que tucano pediu o término de uma greve de fome para soltá-los.
“Fui na cadeia dia 31/12 conversar com os meninos”, relatou durante evento em Maceió. pic.twitter.com/RYwm3QAcgI — Metrópoles (@Metropoles) June 18, 2022
O carro de Abílio foi cercado por guerrilheiros profissionais perto de sua casa. Ele tentou resistir, mas os criminosos estavam em grande número e conseguiram rendê-lo, levando-o para um cativeiro de tortura e isolamento.
No dia 17 de dezembro, após um cerco de 36 horas, os dez sequestradores -quatro chilenos, três argentinos, dois canadenses e um brasileiro- se renderam.
Eles pertenciam ao MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária), do Chile. Os bandidos entraram em greve de fome duas vezes enquanto ficaram encarcerados, exigindo que o governo brasileiro extraditasse os nove estrangeiros do grupo para seus países de origem.