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Nesta quinta-feira (28), o ex-presidente e ex-presidiário Lula (PT) participou de uma reunião, em Brasília, promovida pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Durante sua fala, o candidato à Presidência defendeu os governos petistas e minimizou o mensalão (esquema de compra de votos parlamentar) durante sua critica às emendas de relator (popularmente conhecido como orçamento secreto, onde parlamentares destinam recursos da União sem a necessidade de se identificarem).
“Não imaginava que fosse haver um golpe da presidenta Dilma [Rousseff]. Inventaram uma pedalada para colocar no lugar da pedalada uma motociata, muito mais grave. Fizeram um tremendo carnaval com o mensalão. Hoje estão aprovando o orçamento secreto, que é a maior excrescência da política orçamentária do país”, disse Lula.
Ele ainda ironizou as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) – que afirmou não haver corrupção em sua gestão – e lembrou o escândalo das rachadinhas, no qual Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é investigado por suposto recolhimento de parte dos salários de seus assessores.
“Me parece que ele [Bolsonaro] não sabe a família que tem. Me parece que se esqueceu do [Fabrício] Queiroz, da quadrilha da vacina”, argumentou.
Sobre as vacinas, a fala de Lula refere-se à tentativa frustrada de compra de vacinas fraudadas contra a Covid-19 – a Covaxin – de parte dos servidores do Ministério da Saúde.
O petista também ressaltou que, enquanto o PT esteve à frente da presidência, foram criados dispositivos anticorrupção e que estes possibilitam a transparência do governo aos brasileiros.
“A corrupção só aparece quando tem liberdade, quando tem possibilidade de investigação. O PT criou o Portal da Transparência, criou a Lei do Acesso à Informação [LAI], o PT nunca fechou porta para investigação, criamos a delação premiada”, pontuou.