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Assessor econômico do Partido dos Trabalhadores (PT), Guilherme Mello afirmou, em entrevista ao jornal O Estadão, que um eventual governo Lula revogará o teto de gastos, criado no governo Temer (MDB).
Na conversa, ele se esquivou sobre detalhes do programa econômico de um eventual governo do ex-presidiário petista.
Sobre a suposta ferramenta que substituirá o teto de gastos, Guilherme Mello disse que explicitá-la significaria uma ameaça à credibilidade da campanha do petista.
Dado que, segundo ele, “é preciso conhecer a formação do Congresso para dialogar com os parlamentares sobre o novo arcabouço fiscal”.
“O que nos cabe neste momento, em que não somos governo e não temos conhecimento sobre a composição do Congresso, é anunciar os princípios que vão orientar a nossa proposta”, afirmou o ajudante do petista.
Mello apenas disse que a regra fiscal teria de compatibilizar “sustentabilidade fiscal, recuperação do investimento público e aumento dos gastos sociais”.
O economista também deixou em aberto, na entrevista, qual seria a política de preço da Petrobras em um eventual governo Lula: “Nosso objetivo é criar instrumentos para gerir preços. Instrumentos que sejam capazes de minimizar essas oscilações (de preços). Isso tem de ser obviamente construído de maneira dialogada com a Petrobras, com governadores”.
Entre as opções, Mello acrescenta que uma seria criar um fundo de estabilização. Ele, no entanto, destacou que essa possibilidade não necessariamente seria a “favorita”.
Já sobre o BNDES, o economista pró-Lula afirma que ele seria usado para financiar pequenas empresas e investimentos que favoreçam a transição energética.