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Em entrevista a VEJA divulgada nesta sexta-feira (21), o agora senador eleito Sergio Moro explicou que sua reaproximação com o presidente Jair Bolsonaro tem o combate à corrupção como “linha mestra”.
Ele ainda afirma que a Justiça brasileira tem passado a impressão de que o crime compensa.
“O presidente me ligou para conversar sobre o posicionamento no segundo turno e, na minha interpretação, para estabelecer uma ponte e falar sobre o futuro”, disse o ex-ministro e ex-juiz ao comentar sobre “como foi a reaproximação com o presidente?”.
“Para mim o projeto do Lula é inaceitável, é dizer que o crime compensa. Foi muito fácil me posicionar nessa perspectiva contra o Lula e contra o PT”, continuou.
“Todos conheceram os escândalos de corrupção do tempo do PT: o mensalão, um esquema de suborno de parlamentares para obter apoio ao governo federal, e o petrolão, um sistema de corrupção vinculado a um projeto de poder. A volta disso seria um desastre do ponto de vista moral para o Brasil”, finalizou Moro.
Em outro trecho, Moro comentou sobre uma declaração dele sobre “escolher entre Lula e Bolsonaro seria suicídio:
“Essa declaração foi dada em um momento em que estávamos tentando construir uma candidatura de terceira via. Agora temos um outro contexto e uma escolha tem de ser feita”.
“A única coisa que a gente ouve do Lula é que ele quer distribuir cerveja e picanha. Lembra um pouco os imperadores romanos, com o pão e circo. Ele quer uma carta em branco. Quem vai ser o ministro da economia do PT? O que o Lula pretende para a economia? Os ministros da economia do PT que a gente conhece foram o Antonio Palocci e o Guido Mantega. Ambos fazem parte da captura da máquina pública em prol de interesses privados, do capitalismo de compadrio”, continuou Moro.
“A volta do Lula seria um suicídio moral e econômico para o Brasil”, finalizou o ex-juiz da Lava Jato.